Com o avanço da extrema direita no Parlamento Europeu e as eleições legislativas chegando na França, a gente não pode ignorar o perigo que isso representa para os direitos humanos, especialmente para os direitos das mulheres e da população LGBTI+.

E o que isso tem a ver com o Brasil? Tudo. A história nos ensina que os movimentos políticos são interligados globalmente. O avanço da extrema direita na Europa deve servir como um alerta para nós. Não podemos permitir que os mesmos erros se repitam aqui. A juventude brasileira, com sua energia e capacidade de mobilização, tem um papel crucial na defesa dos direitos humanos e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Nesse cenário, é interessante ver como figuras públicas têm se posicionado. Recentemente, o atacante Kylian Mbappé, principal estrela e capitão da Seleção Francesa, criticou a extrema direita e chamou os jovens eleitores para votarem. Suas palavras são um lembrete poderoso de que, mesmo no futebol, a consciência política e a mobilização cidadã são essenciais.

“Estamos num momento crucial na história do país. Você tem que saber resolver as coisas e ver suas prioridades. Somos cidadãos acima de tudo, não devemos estar desligados do mundo. Estamos numa situação sem precedentes. Quero dirigir-me a todos os franceses e, em particular, à geração jovem. Vemos que os extremos estão às portas do poder. Temos a possibilidade de mudar tudo”, disse Mbappé, mostrando a responsabilidade de cada um em tempos de crise política.

Mbappé não estava sozinho. Seu colega de seleção, Marcus Thuram, também usou uma entrevista coletiva para se posicionar contra o Reunião Nacional (RN), partido de Marine Le Pen, que ganhou força nas últimas eleições para o Parlamento Europeu. “O avanço da extrema direita é triste. Temos que lutar para que o Reunião Nacional não passe”, disse Thuram.

Essas declarações são importantes, especialmente considerando o contexto atual na França. No dia 9 de junho, o presidente Emmanuel Macron dissolveu o parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas.

A França, com sua história de luta pelos direitos humanos, enfrenta um momento decisivo. A extrema direita, com suas políticas excludentes e retrógradas, representa uma ameaça real às conquistas sociais dos últimos anos. No entanto, figuras como Mbappé e Thuram mostram que a mobilização e a resistência são possíveis e necessárias.

A política importa. As eleições importam. E o nosso papel como cidadãos é fundamental. Precisamos estar atentos e ativos, usando todas as ferramentas disponíveis para promover a inclusão, a diversidade e os direitos humanos. A exemplo de Mbappé e Thuram, devemos nos posicionar claramente contra qualquer forma de extremismo que ameace as liberdades individuais e os direitos conquistados com tanto esforço.

A juventude tem o poder de transformar a realidade. É hora de levantar a voz e agir. Só assim podemos garantir que o futuro será diferente e melhor para todos.

Céu Abreu é gestora de diversidade e inclusão, Comunicadora, artista visual e palestrante. Baseada em Anápolis-Goiás-Brasil, e apaixonada por viajar e conhecer novas culturas.