Pregoeiro público é preso por fraudes em licitações de R$ 65 milhões

Metrópoles
Pregoeiro público é preso por fraudes em licitações de R$ 65 milhões Reprodução

O pregoeiro público e secretário extraordinário da Cidade Ocidental (GO), Gabriel Paixão Ribas, foi preso pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (4/9) sob suspeita de fraudes em licitações que totalizam R$ 65 milhões. As investigações da PF, em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU), revelaram indícios de irregularidades em diversos processos de concorrência pública sob sua responsabilidade.


Entre as fraudes, destaca-se a contratação de um hospital pertencente à sua própria família pelo prefeito Fábio Corrêa (PP), resultando em pelo menos R$ 4,4 milhões em verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) para a empresa familiar, sem a devida concorrência.


A Operação Ypervoli, deflagrada na mesma data, visa desmantelar uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que mais de 100 contratos foram manipulados, beneficiando empresas ligadas aos envolvidos. Isso resultou no afastamento do prefeito Fábio Corrêa e na proibição de novos contratos públicos com pessoas físicas e jurídicas implicadas na investigação.


Gabriel Ribas, um dos principais alvos da operação, não apenas exercia funções públicas, mas também levava um estilo de vida ostentatório nas redes sociais. Apesar de um salário líquido de R$ 5.820,03, conforme o Portal da Transparência, ele era frequentemente visto com veículos de luxo, como BMW e Porsche, além de realizar viagens internacionais para destinos como Dubai e Fernando de Noronha (PE).


Entre os contratos suspeitos, destaca-se um acordo que fez o governo da Cidade Ocidental gastar R$ 1,4 milhão no aluguel de 14 veículos, além de outro que custou R$ 368 mil pela locação de dois furgões. A microempresa Farias & Veloso, contratada para esses serviços, registrou um faturamento de R$ 2,4 milhões decorrente desses contratos, mas apresentava um capital social modesto de apenas R$ 90 mil e uma frota composta por apenas 11 veículos.


Curiosamente, Gabriel Paixão não possui veículos registrados em seu nome, embora seja frequentemente visto dirigindo uma Nissan Frontier azul, que na verdade está registrada em nome de uma concessionária de veículos em Samambaia (DF).


Além disso, a Farias & Veloso aparenta não ter a estrutura física necessária para suportar o volume de negócios que realiza, já que sua sede está localizada nas dependências de um hotel, conforme relatado por funcionários. Os envolvidos poderão ser responsabilizados por peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.




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