Agronegócio que reverter imagem de desmatamento e se destacar na COP30

Metrópoles
Agronegócio que reverter imagem de desmatamento e se destacar na COP30 Reprodução

O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), afirmou em uma entrevista ao Metrópoles que o agronegócio almeja aumentar sua influência na 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP30). O evento, que ocorrerá em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025, reunirá líderes globais e personalidades importantes do setor ambiental. A organização da conferência está sob a responsabilidade da Secretaria Extraordinária para a COP30, vinculada à Casa Civil.


Lupion acredita que a COP30 será uma oportunidade significativa para demonstrar a força do agronegócio brasileiro e os avanços tecnológicos que os produtores têm adotado. “A gente quer ser parte ativa e protagonista na COP que terá aqui no ano que vem. Acho que esse é um tema muito importante. Tem que vencer essa barreira de não poder aliar agro com o ambiente. A gente precisa disso, nós trabalhamos muito”, disse ele.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também comentou que a COP30 em Belém será crucial para evidenciar a grandeza da Amazônia e da biodiversidade brasileira. “É muito importante a gente cuidar do ecossistema; é muito importante a gente cuidar da biodiversidade; é muito importante a gente cuidar da nossa floresta. Mas é muito importante a gente cuidar do nosso povo, que vive na Amazônia”, destacou o petista em junho.


O desafio enfrentado por Pedro Lupion se torna ainda mais complexo diante das críticas de defensores do meio ambiente ao agronegócio, que apontam a produção agrícola como um dos principais responsáveis pela degradação ambiental, especialmente em relação ao desmatamento. A fronteira agrícola Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, desmatou 858.952 hectares em 2023, representando 47% da vegetação nativa perdida no Brasil no ano anterior, segundo o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil do MapBiomas.


Apesar da resistência de ambientalistas, Lupion enfatiza que todas as COPs das quais participou tiveram estandes relacionados à produção agrícola e pecuária. Para ele, a conferência no Brasil será uma chance de divulgar as boas práticas dos produtores brasileiros. “Nós queremos participar e mostrar as nossas técnicas de cultivo. No Brasil, o avanço que nós temos são as técnicas inovadoras na agropecuária. Nós só atingimos os números apresentados por causa de tecnologia, e o mundo inteiro inveja essa capacidade produtiva. E isso só se deu por causa da tecnologia e de boas práticas”, pontuou o presidente da FPA.


A COP é composta por países-membros, organizações não governamentais (ONGs) e iniciativa privada. Contudo, apenas as “partes” têm direito a voto nas negociações e acordos em busca de soluções para as mudanças climáticas.




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