União Brasil de Ronaldo Caiado comanda 35 prefeituras entre os Gigantes

ossiê mostra que 89 prefeituras são administradas por partidos que compõem o Centrão.

Dossiê Os Gigantes
União Brasil de Ronaldo Caiado comanda 35 prefeituras entre os Gigantes União Brasil, de Ronaldo Caiado, comanda 34 prefeituras entre os Gigantes. (Foto: Divulgação)

Resultado de quatro meses de pesquisa, o Dossiê Os Gigantes analisa as políticas ambientais nesses municípios que compõem 37% do território brasileiro. Mais que um diagnóstico sobre ações de governo, o documento aponta quem são os grupos políticos que dominam essa fatia do país.

No cenário político, o partido União Brasil tem ganhado força, conquistando a adesão de políticos de diversas siglas e controlando atualmente 35 prefeituras. Esses municípios, juntos, somam uma área equivalente à do Egito, o 29º maior país do mundo.

O União Brasil é resultado da fusão entre o DEM e o PSL e é presidido por um aliado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que, junto com Helder Barbalho, do MDB, já se coloca como pré-candidato à presidência em 2026.

A direita brasileira, muitas vezes chamada de "Centrão", exerce um grande controle sobre os Gigantes, mantendo alianças políticas que atravessam diferentes governos, desde os de Dilma Rousseff a Michel Temer, e de Bolsonaro a Lula. Este bloco conta com partidos como PP, PSD, Republicanos e outros, que frequentemente se coligam nas eleições locais, como evidenciado por rivalidades entre PT e PL em pelo menos 85 municípios.

Com a adição do MDB e da União Brasil, o Centrão controla 89 prefeituras, representando uma extensão combinada de territórios maior que a da Argentina. Essa dinâmica política mostra como os Gigantes, além de sua relevância econômica, são fundamentais no cenário eleitoral e nas alianças partidárias do país.

(Reprodução)

Gigantes do Brasil: A Pecuária e a Urbanização nas Maiores Áreas Rurais

O Brasil abriga algumas das maiores áreas rurais do mundo, mas muitos dos municípios que se destacam como "Gigantes" também têm altas taxas de urbanização. Um exemplo notável é Laranjal do Jari, no Amapá, onde cerca de 90% da população vive em zonas urbanas. Esse índice é comparável ao de várias capitais brasileiras. Outras cidades com características semelhantes incluem Corumbá, em Mato Grosso do Sul, e Balsas, no Maranhão.

Além dessas, estão na lista muitas sedes de regiões metropolitanas, como Santarém, no Pará, e Porto Velho, em Rondônia. Essas áreas, apesar de possuírem vastos espaços rurais, têm visto um aumento significativo em sua população urbana.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16 dos 30 maiores rebanhos bovinos do Brasil estão localizados nesses municípios, com a pecuária sendo a principal fonte de renda. Outros setores, como soja, silvicultura e mineração, desempenham papéis menos significativos, como veremos em uma análise posterior.

São Félix do Xingu, no Pará, abriga o maior rebanho do país, com impressionantes 2,5 milhões de cabeças de gado. A cidade é seguida por Corumbá, Porto Velho, Novo Repartimento, Marabá, entre outras, que também apresentam rebanhos superiores a um milhão de cabeças. Além disso, a área de pasto em São Félix do Xingu é de 20 mil km², o que equivale ao tamanho de Israel e quase dobra a área de pastagens da segunda colocada, Altamira.




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