Decisão de adiantar os relógios em uma hora deve ser adiada por Lula por causa das eleições

O GLOBO
Decisão de adiantar os relógios em uma hora deve ser adiada por Lula por causa das eleições Reprodução

A avaliação do presidente Lula de retomar o horário de verão pegou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de surpresa e levou a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, a procurar dois ministros do governo em busca de uma solução que não atrapalhe as eleições deste ano.

A possibilidade de adiantar o relógio em um hora está em estudo pelo ministério de Minas e Energia. A medida seria uma forma de conter a seca que se alastra pelo país e pressiona a geração de energia.

O TSE está preocupado com o impacto da volta do horário de verão na logística das eleições. Desde 2022, as votações são realizadas no horário de Brasília, das 8h às 17h. No Acre, por exemplo, isso significa que o pleito ocorre das 6h às 15h no horário local.

Adiantar o relógio em uma hora faria estados do Nordeste, por exemplo, começarem a votação às 7h local — e terminar mais cedo. E o Acre, às 5h, terminando pouco depois do almoço, às 14h. Os mesários precisam chegar antes disso e teriam que estar nos zonas eleitorais de madrugada. Esse cenário poderia aumentar a abstenção dos eleitores, na avaliação de integrantes do TSE.

Preocupada com isso, a presidente da Corte eleitoral, Cármen Lúcia, procurou os ministros Ricardo Lewandowski, da Justiça, e José Múcio, da Defesa, para saber se o governo estava considerando o impacto do horário de verão nas eleições.

Lewandowski chegou a consultar o presidente, que disse que o horário de verão deverá ocorrer apenas após as eleições, caso não haja uma crise hídrica no país.

Ainda não está claro, porém, quando o horário de verão poderia voltar. No passado, ele começou entre as votações do primeiro e segundo turnos. Em 2018, ano de disputa eleitoral, a mudança no relógio chegou a ser adiada, a pedido do TSE.

O horário de verão foi extinto em 2019 sob a avaliação de que ele não seria mais capaz de economizar energia e poderia ter até efeito contrário. Por isso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar nesta quinta-feira, ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estudos sobre se essa medida seria vantajosa. A decisão final, porém, será do presidente Lula.




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