Marconi, presidente do PSDB apela ao STF para encerrar investigação em Goiás
O ex-governador goiano Marconi Perillo apresentou ao STF nessa quarta-feira (18/9) pedido para que seja suspenso e encerrado um inquérito que o investiga na Justiça Federal de Goiás, a partir da chamada “Lava Jato do Cerrado”.
A Polícia Federal apura suposta corrupção na contratação de organizações sociais pela Secretaria de Saúde de Goiás para gestão de hospitais públicos a partir de 2011, na gestão de Perillo. Entre 2021 e 2022, o presidente do PSDB teve os sigilos bancário e fiscal quebrados no âmbito do inquérito, aberto em 2020.
O argumento da defesa de Marconi ao STF é de ilegalidades porque, passados quatro anos do início das apurações, ainda não teve acesso ao conteúdo das quebras de sigilo.
Segundo a defesa, o Ministério Público Federal direcionou as investigações da “Lava Jato do Cerrado” de modo a prejudicar Perillo nos anos eleitorais de 2016, 2018, 2020 e 2022.
O presidente do PSDB foi alvo de mandados de busca e apreensão na Operação Cash Delivery em setembro de 2018, em meio à sua campanha ao Senado, e foi preso em 10 de outubro, três dias após sair derrotado das urnas. As eleições municipais de 2024 foram citadas como fator de risco para novas ações supostamente ilegais contra o tucano.
A defesa de Marconi Perillo solicitou uma decisão liminar que suspenda a investigação até o julgamento definitivo da ação pelo Supremo. No mérito, o tucano espera que lhe sejam concedidos acesso ao conteúdo das quebras de sigilo e um habeas corpus para trancar o inquérito.
O advogado pediu que o caso seja distribuído ao ministro Gilmar Mendes, que já atuou em ações no STF a respeito da “Lava Jato do Cerrado”.