Vacinas contra mpox começam a ser aplicadas na África

Na semana passada, a OMS pré-qualificou pela primeira vez uma vacina contra a micose, a MVA-BN, abrindo caminho para que ONU e outras agências as adquiram

API - O Globo
Vacinas contra mpox começam a ser aplicadas na África

As vacinas contra a mpox começaram a ser administradas na África pela primeira vez, com centenas de indivíduos de alto risco vacinados em Ruanda, informou o centro de controle de doenças da União Africana nesta quinta-feira. As primeiras 300 doses foram administradas nesta terça-feira perto da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), disse à AFP um porta-voz dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da UA (África CDC).


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A RDC foi o país mais afetado, com quase 22 mil casos e mais de 700 mortes relacionadas ao vírus entre janeiro e agosto. Em uma conversa com repórteres, o diretor-geral do CDC África, Jean Kaseya, disse que as vacinações começariam na RDC "na primeira semana de outubro".


A varíola símia, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é causada por um vírus transmitido aos humanos por animais infectados, que também pode ser transmitido de humano para humano por meio de contato físico próximo. Mortal em alguns casos, causa febre, dores musculares e grandes lesões semelhantes a furúnculos na pele.



Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pré-qualificou pela primeira vez uma vacina contra a micose, a MVA-BN, abrindo caminho para que as Nações Unidas e outras agências internacionais as adquiram. O CDC da África diz que houve um total de 29.152 casos e 738 mortes em 15 países do continente.


"A varíola não está sob controle", disse Kaseya.


Casos aumentando


Um porta-voz do CDC acrescentou que os testes continuam sendo um problema, com apenas metade dos casos suspeitos testados, e disse que a agência estava buscando um índice de mais de 80%. O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou em uma entrevista coletiva na quinta-feira passada que eles não estavam lidando com um surto, mas "vários", em lugares diferentes, causados ​​por diferentes cepas.


Em particular, ele destacou a situação no Burundi e na RDC "onde os casos continuam a aumentar". De acordo com a pré-qualificação da OMS, a vacina pode ser administrada em pessoas com mais de 18 anos em duas doses, aplicadas com quatro semanas de intervalo.


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Como a maioria dos casos e mortes por mpox na RDC são em crianças, a OMS enfatizou que a vacina poderia ser usada "off-label" em bebês, crianças e adolescentes, bem como em grávidas e pessoas imunocomprometidas.


"Isso significa que o uso da vacina é recomendado em cenários de surtos onde os benefícios da vacinação superam os riscos potenciais", disse a OMS em um comunicado recente.


A agência também recomenda o uso de dose única em cenários de surto onde os suprimentos da vacina são limitados. Porém, mais dados são necessários sobre a segurança e eficácia da vacina em tais circunstâncias, enfatizou. Os dados disponíveis atualmente mostraram que uma única dose da vacina MVA-BN administrada antes da exposição teve uma eficácia estimada de 76% na proteção contra mpox, disse a agência. Duas doses tinham 82% de eficácia, segundo estimativa.





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