O Ministério da Saúde lançou a primeira versão em português do Viver a Vida - Guia de Implementação para a Prevenção do Suicídio nos Países, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A cartilha apresenta uma abordagem criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para orientar países na implementação de medidas coletivas de prevenção ao suicídio.

Em uma apresentação virtual, membros dos dois órgãos, bem como profissionais da saúde, revelaram alguns dados sobre o tema no país e no mundo. Como por exemplo, que nos últimos anos, a região das Américas foram as únicas da OMS a apresentar aumento no número de casos de suicídio.

“Houve um aumento de mais de 60% no número de morte de 2000 a 2021 apenas na região das américas. Apenas em 2021, foram contabilizadas mais de 100 mil vítimas”, afirma Elisa Prieto, Coordenadora da Equipe de Equidade, Doenças Crônicas não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS.

Outros dados apresentados na reunião mostram que os adultos de 40 a 69 anos representam a maior proporção de suicídios na região com 38%, seguido pelos idosos com mais de 70 anos (32%), mas que entre os jovens de 20 a 24 anos é a terceira causa de morte.

Segundo informações da OMS, a cada ano, mais de 700 mil pessoas perdem sua vida para o suicídio em todo o mundo. No Brasil, cerca de 16,4 mil óbitos por suicídio foram notificados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) em 2022.

Um dos compromissos assumidos pelo Brasil, em acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), é a redução desse número em um terço até 2030.

Para alcançar o objetivo, reduzindo a taxa global de mortalidade, o guia Viver a Vida oferece uma abordagem prática para que os países desenvolvam estratégias nacionais. A cartilha já contava com versões em inglês, chinês, coreano e espanhol, e agora, com o lançamento dessa tradução, será difundido em países de língua portuguesa pela primeira vez.

A publicação detalha 4 intervenções essenciais que são: restringir os acessos aos meios de suicídio; interagir com a mídia para divulgação responsável; desenvolver habilidade para a vida dos adolescentes e agira para identificar precocemente e apoiar qualquer pessoal afetada. Além de 6 pilares fundamentais para a sua implementação.