Após ser levado pela PM, deputado federal Glauber Braga grava vídeo sobre desocupação da Uerj: 'banho de truculência'
Polícia Militar atuou no campus 'em auxílio ao Poder Judiciário para cumprimento de uma decisão judicial', informa a corporação, que não comentou afirmação do parlamentar
O deputado federal Glauber Braga ( PSOL-RJ) — que chegou a ser conduzido à delegacia durante a desocupação do campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) nesta sexta-feira — afirmou que a retirada dos manifestantes do prédio foi um "banho de truculência". Em publicação no Instagram, o parlamentar compartilhou imagens do momento em que um policial aborda o grupo em que estava. Em nota, a Polícia Militar informou que atuou "em auxílio ao Poder Judiciário para cumprimento de uma decisão judicial", mas não comentou a afirmação do parlamentar.
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"Nesse vídeo você presencia uma pequena parte do ocorrido quando já estávamos saindo", relatou Glauber na publicação. No vídeo, o deputado caminhava ao lado de um grupo, quando todos são abordados por um agente fardado, que solicita que alguém retire a máscara do rosto e também pede a carteira de identidade de uma das pessoas. Em dado momento, uma mulher se dirige ao policial e afirma: "Você está me machucando".
A determinação para a desocupação do campus da Uerj partiu da juíza da 13ª Vara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luciana Losada Albuquerque Lopes, que autorizou uso da força policial, se fosse necessário. Estudantes manifestavam e ocupavam espaços na unidade desde julho, alegando cortes de benefícios.
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De acordo com a PM, um policial foi ferido na ação e precisou ser socorrido. Agentes do Batalhão de Choque e do 6º BPM (Tijuca) precisaram desobstruir a rua, após manifestantes atearem fogo em objetos, e quatro pessoas foram conduzidas até a delegacia, onde o caso foi registrado, informa a corporação. Entre elas, estava Glauber Braga, que deixou a Cidade da Polícia Civil no fim da noite.
Na sexta-feira, a universidade havia divulgado um informe de que "os réus e terceiros" que ocupavam o prédio deveriam sair "imediatamente, sob pena de auxílio de forças policiais". O que se viu foi uma confusão entre os agentes de segurança e os manifestantes, com uso de bomba de efeito moral.
