O ranking em tempo real da revista Forbes sobre as pessoas mais ricas do mundo agora tem 16 nomes com mais de US$ 100 bilhões. O americano Rob Walton e sua família atingiram na sexta-feira exatamente US$ 100 bilhões, na esteira da valorização de 54% que as ações da Walmart acumulam este ano.

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Rob, de 79 anos, é o filho mais velho de Sam Walton, fundador da rede de supermercados americana, a maior do mundo. O bilionário assumiu a presidência do Conselho de Administração da Walmart quando seu pai faleceu, em 1992. Ficou no cargo até 2015, mas seguiu como membro do colegiado até junho passado.

No ranking de bilionários de 2024 da Forbes, Rob ficou em segundo na lista dos mais ricos donos de times de esportes americanos. Em 2022, ele liderou um grupo que comprou o Denver Broncos, time da NFL, a liga de futebol americano, por US$ 4,7 bilhões.

A família Walton

Rob é o primeiro membro da família Walton, uma das mais ricas dos EUA, a ver sua fortuna passar de 12 dígitos, mas, em breve, deverá ser acompanhado por seu irmão Jim e família. Com fortuna de US$ 98,9 bilhões na sexta-feira, Jim, de 76 anos, está na 17ª colocação do ranking da Forbes.

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Logo em seguida, na 18ª posição, está Alice Walton, de 74 anos, com US$ 91,3 bilhões na sexta-feira. Ela é a mulher mais rica do mundo, segundo a Forbes.

Os Walton sempre foram ricos, mas o patrimônio da família disparou este ano por causa da valorização das ações da companhia. Apenas em agosto, os papéis saltaram 13%, melhor mês para as ações da rede de supermercados desde novembro de 2014, segundo a agência Bloomberg.

Em agosto, a Walmart divulgou resultados financeiros do segundo trimestre, e eles vieram melhor do que o esperado por analistas. O faturamento está crescendo com a aposta da rede nas lojas físicas e em descontos, em meio ao crescimento do consumo nos EUA, ao mesmo tempo em que a inflação arrefeceu após atingir o maio nível em 40 anos.

O sucesso da estratégia da Walmart se reverte fortemente no patrimônio dos Walton porque os herdeiros de Sam – além de Rob, Jim e Alice, e seus filhos, os descendentes de John, irmão deles que faleceu em 2005 – detêm, somados, 45% de participação acionária na companhia, segundo a Forbes.

Clube dos 12 dígitos

O aumento do clube dos bilionários com mais de uma centena de bilhões de dólares demonstra também os efeitos da valorização das ações nas bolsas americanas nos últimos anos.

Se hoje são 16 pessoas nesse seleto clube, no ranking fechado de 2019, antes da pandemia de Covid-19, apenas o fundador da Amazon Jeff Bezos e sua família tinha mais de 12 dígitos de patrimônio.

No ranking em tempo real, o clube dos 16 é encabeçado por Elon Musk, dono da fabricante de carros elétricos Tesla e da rede social X, com US$ 264 bilhões. Em seguida, vem Larry Ellison, fundador da desenvolvedora de softwares Oracle, com US$ 208 bilhões.

Mark Zuckerber, dono da Meta, que controla as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, tem US$ 206 bilhões e fica em terceiro entre os mais ricos do mundo na sexta-feira. Bezos agora é o quarto mais rico, com US$ 204,4 bilhões. O quinto mais rico do mundo é o francês Bernard Arnault e sua família, que controlam a LVMH, conglomerado de marcas de luxo, como Louis Vuitton, Sephora e Tiffany & Co.