Anísio Teixeira foi oficialmente reconhecido como patrono da escola pública brasileira nesta terça-feira (15), Dia do Professor. Durante 12 anos, ele esteve à frente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que hoje leva seu nome. O educador foi pioneiro na defesa de uma educação pública inclusiva e democrática, promovendo a criação de uma rede de ensino que atendesse desde a educação básica até a universidade.

Nascido em Caetité (BA) em 1900, Anísio formou-se em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro e foi um dos principais articuladores do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que propunha uma reforma abrangente do sistema educacional brasileiro. Ele defendia uma educação construtivista, onde os alunos seriam protagonistas na transformação social, e condenava o modelo elitista que deixava a maior parte da população analfabeta.

Entre suas maiores contribuições, destaca-se a criação da Escola Parque em Salvador, focada na educação integral e profissionalizante, e da Universidade de Brasília (UnB), onde foi reitor. Também foi um dos idealizadores de universidades federais e, em sua trajetória, promoveu a união entre educação e cultura, afirmando que "não existe educação sem cultura, nem cultura sem educação".

Sua visão inovadora e sua defesa da escola pública como ferramenta de justiça social marcaram sua atuação, deixando um legado que ainda influencia o debate sobre políticas educacionais no Brasil. 

Depoimentos de professores, como Catarina de Almeida Santos e Francisco Thiago Silva, reforçam o reconhecimento da importância de Anísio para a educação pública e a democracia no país. Sua defesa por uma educação acessível a todos, especialmente à classe trabalhadora, e o foco no conhecimento científico de alto nível, são lembrados como essenciais para o progresso educacional no Brasil.