O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, em uma entrevista a um portal bolsonarista, que se considera o candidato da direita para a Presidência da República em 2026. Sua afirmação, feita na quarta-feira, 16, contrasta com o que disse o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que, em uma entrevista à GloboNews no dia 11, apontou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como os principais nomes para a disputa.

Em uma entrevista ao portal Auri Verde Brasil, que é próximo ao bolsonarismo, o ex-presidente expressou sua insatisfação por se sentir "nada" dentro do partido de Valdemar. Bolsonaro também fez críticas a duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultaram em sua inelegibilidade até 2030.

“Eu sei que não sou nada no partido, agradeço muito ao Valdemar. Candidato para 2026 é Jair Messias Bolsonaro. Estou inelegível por quê? Por que me reuni com embaixadores? Por que subi no carro de som do pastor Malafaia?”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente afirmou ainda que, se a inelegibilidade determinada pelo TSE permanecer durante a próxima eleição presidencial, ele irá "jogar a toalha" e "cuidar da sua vida".

“Se isso for avante e se essa inelegibilidade continuar valendo, eu jogo a toalha e não acredito mais no Brasil, no meu País, que eu tanto amo e adoro e dou a minha vida. Se isso continuar valendo, eu só tenho um caminho: cuidar da minha vida. Antes que me matem, ou façam algo pior com a minha vida”, afirmou o ex-presidente.

Na entrevista à GloboNews, Valdemar disse que ainda acredita que Bolsonaro pode ser candidato em 2026 e explicou que o PL levou um projeto de lei que busca anistiar o ex-presidente no Congresso Nacional. O dirigente partidário também afirmou que o ex-chefe do Executivo é “difícil” e só o convence 10% das vezes.