Maternidade Dom Bosco é interditada e alega perseguição política
A Maternidade Hospital Dom Bosco, em Goiânia, afirma que está sendo alvo de perseguição política após ser interditada pela Vigilância Sanitária na quarta-feira (16). A interdição foi justificada pelo descumprimento de normas sanitárias, incluindo falhas no controle de infecções hospitalares.
Desde abril, a maternidade já estava impedida de realizar cirurgias, mas continuou a fazê-las, segundo a prefeitura de Goiânia. O chefe da divisão de Estabelecimentos de Saúde, Dagoberto Costa, afirmou que a unidade foi autuada e parcialmente interditada para a realização de procedimentos cirúrgicos, mas que, mesmo assim, recebeu diversas denúncias de que o local continuava a funcionar normalmente, realizando consultas e cirurgias, o que levou à interdição total.
Em nota, o hospital, por meio de sua assessoria jurídica, informou que os fatos apresentados à imprensa não condizem com a "veracidade documental". Eles confirmam que houve uma proibição, mas apenas de alguns serviços, como consultas e pequenos procedimentos sem internação.
A unidade de saúde, que presta serviços para a cidade há mais de 42 anos e realizou mais de 700 mil atendimentos, foi surpreendida com a interdição sem nenhuma intimação ou comunicado oficial da Polícia Civil, o que gerou prejuízo irreparável.
“Deixamos esclarecido que a unidade possui todas as comissões de saúde obrigatórias e que a unidade possui estrutura adequada para atendimento ao paciente. O que ocorre no momento é que a unidade está sendo perseguida politicamente”, afirma. Segundo o jurídico, a direção já tomou as providências cabíveis junto à Vigilância Sanitária.
A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), em conjunto com a Vigilância Sanitária, realizou a interdição do local devido à investigação de possíveis crimes contra as relações de consumo.