II Colóquio sobre Culturas Tradicionais e Populares do Cerrado começa nesta quarta-feira, dia 30


II Colóquio sobre Culturas Tradicionais e Populares do Cerrado começa nesta quarta-feira, dia 30 Povos tradicionais, os quilombolas retiram seu sustento do Cerrado. Marcello Casal Jr. Agência Brasil

Nesta quarta-feira, dia 30, às 9 horas, acontece a abertura oficial do II Colóquio NuSACER, que este ano tem como tema "Culturas Tradicionais e Populares no Cerrado". A palestra será ministrada pelo doutor em Geografia, professor e pesquisador João Guilherme da Trindade Curado, com mediação da professora Maria Idelma Vieira, pós-doutora em Geografia e docente do Mestrado Interdisciplinar em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER) da Universidade Estadual de Goiás.

Para o pesquisador, é importante falar sobre as perspectivas e desafios do patrimônio cultural no Cerrado, pois sua história é anterior à ocupação oficial. “Temos que considerar aqueles que já moravam aqui, habitavam essas terras, com suas organizações culturais, sociais, suas vivências, modos de produção e alimentação. É muito rico pensar nessas perspectivas que muitas vezes são esquecidas. Há toda uma vivência e uma resiliência dos povos do Cerrado”, destaca.

João Guilherme Curado ressalta que, para o II Colóquio, ele propõe uma discussão sobre práticas e vivências, além de uma reflexão sobre o que é patrimônio de maneira ampla e não apenas institucional. Ele aborda a proteção e a salvaguarda de bens, o que motivou as pessoas no passado a definir símbolos de patrimônio, a importância desse patrimônio em nosso cotidiano, a educação patrimonial e a preservação das memórias. Para o pesquisador, a conscientização é sempre o melhor caminho e por isso considera que a discussão no ambiente acadêmico é necessária.


Apresentação cultural do povo quilombola Kalunga, durante Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge, município de Alto Paraíso de Goiás - Marcello Casal JrAgência Brasil

Programação


  • Na quarta-feira, pela tarde, a jornalista e mestre em Comunicação Letícia Jury promove a oficina "Alfabetização Midiática: comunicação digital para a preservação dos saberes", mediada pela mestranda Larissa Ferreira. A proposta é discutir com alunos e pesquisadores a importância do letramento midiático, da análise crítica da mídia e, sobretudo, do uso das redes sociais como meio de luta por direitos, educação, engajamento e mobilização.
  • Ainda na quarta, a última atividade do dia será mediada pelo mestrando Bruno Cruz, por meio do canal do NuSACER no YouTube, às 19 horas, recebe o professor e doutor em Sociologia e mestre em História Eliézer Cardoso de Oliveira, que ministrará a palestra "Do Imperador do Divino ao Imperador Pedro II: a representação da realeza em Goiás".


  • Na quinta-feira, acontece às 9 horas o minicurso "Culinária Tradicional em Goiás", com a mestre em História e presidente da Comissão Goiana de Folclore. Izabel Cristina Alves Signoreli. A mediação será do historiador e mestrando Maximiliano Corrêa, presidente da Comissão Anapolina de Folclore, que também, às 11 horas, promoverá a reativação das atividades no município e a posse da nova diretoria.
  • Durante a tarde, ocorre a palestra "Culturas e Resistências dos Povos do Cerrado", ministrada pelos pesquisadores e docentes do TECCER, Poliene Bicalho, doutora em História Social, e Fernando Lobo Lemes, doutor em História, com mediação de Estevão Maciel.
  • No período noturno, acontece o encerramento do Colóquio, com a palestra "Etnobotânica e Religiosidade: a Cura pelas Raízes Africanas", mediada por Afonso Pimenta, e palestrada pelas docentes Josana Peixoto, pós-doutora em Biologia, e Giuliana Muniz, doutora em Biologia Molecular, além da participação dos convidados Mãe Carmen e Pai Hugo.


(Foto: divulgação)

As atividades ocorrem na Unidade de Ciências Socioeconômicas e Humanas - Nelson de Abreu Júnior (CSEH), no bairro Jundiaí, em Anápolis. A entrada é gratuita e aberta ao público.

O II Colóquio é uma realização do Núcleo de Pesquisa dos Saberes Tradicionais e Ambientais do Cerrado (NuSACER) e do Mestrado Interdisciplinar em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER) da Universidade Estadual de Goiás.




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