A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) busca uma ampliação de orçamento para 2025, visando aumentar o número e o valor das bolsas de pós-graduação no Brasil. Conforme Denise Pires de Carvalho, presidente da Capes, a instituição precisa de até R$ 500 milhões adicionais para viabilizar o crescimento desse apoio financeiro.

“A intenção é não apenas reajustar as bolsas nacionais e internacionais, mas também ampliar o número de concessões, algo que o ministro Camilo Santana e o presidente Lula apoiam,” disse Denise durante encontros do G20 em Fortaleza. Em 2023, após uma década sem aumentos, o governo reajustou as bolsas em 40% para mestrado e doutorado e 25% para pós-doutorado. Mesmo com esse ajuste, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) destaca que os valores permanecem defasados e reforça a necessidade de garantir orçamento para evitar futuros contingenciamentos.

Denise Carvalho destacou que, após o ciclo eleitoral, a Capes pretende sensibilizar o Congresso sobre a importância desses recursos, afirmando que a educação, ciência e tecnologia são investimentos, não despesas.

Iniciativas de internacionalização

A Capes, com 9 mil bolsas internacionais até 2023, busca promover a troca científica, enviando brasileiros ao exterior e trazendo pesquisadores estrangeiros para o Brasil. A previsão é de 1.670 novas bolsas para pesquisadores da América Latina e Caribe a partir de 2025, com foco em fortalecer a cooperação científica.

Durante as reuniões do G20, Denise destacou o interesse em ampliar parcerias com nações como Turquia, África do Sul, Índia e Austrália, tradicionalmente pouco cooperativas com o Brasil em relação a países da Europa, EUA e Canadá.

Sobre o G20

O G20, principal fórum internacional de cooperação econômica, abrange nações que representam 85% do PIB global. Com a realização da Reunião Ministerial de Educação e a Global Education Meeting (GEM) em Fortaleza, a agenda aborda, entre outros, avanços em educação e colaboração global.