Mabel inclui Eerizânia e novos nomes na transição de governo
A equipe do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou, nesta quinta-feira (31), quatro novos integrantes para a comissão de transição de governo. Entre os nomeados está Eerizania Freitas, atual secretária de Integração Social de Anápolis, que, com o apoio do governador Ronaldo Caiado (UB), tentou, sem sucesso, a prefeitura de Anápolis neste ano. O vencedor da eleição foi Márcio Correa (PL), que derrotou Antônio Gomide (PT).
Paulo Ortegal, coordenador do grupo, destacou que a escolha dos novos membros foi técnica, valorizando a experiência de Eerizania em políticas públicas voltadas para assistência social e esporte. Ela também já havia atuado como secretária de Educação na gestão do atual prefeito de Anápolis, Roberto Naves (Republicanos).
Além de Eerizania, foram indicados Luiz Gaspar Machado Pellizzer, Gisele Pereira Campos Faria e Gabriela Machado Silveira Tejota. Pellizzer, médico, focará em questões de saúde, enquanto Gisele se dedicará à rede de proteção às mulheres, uma promessa de campanha de Mabel, que contará com a participação da vice-prefeita eleita, Coronel Cláudia (Avante). Gabriela, que é diretora legislativa na Câmara de Goiânia e exerce uma função de confiança do presidente Romário Policarpo (PRD), também integrará a comissão.
Com essas novas adições, a equipe de transição de Mabel agora conta com 16 membros, além dos 12 já anunciados no início da semana. Entre eles estão o ex-presidente da Câmara Andrey Azeredo e o ex-deputado federal Euler Morais, ambos ligados ao MDB, e Francisco Jr. (PSD), presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), que coordenou o plano de governo de Mabel.
Do lado do prefeito Rogério Cruz (SD), há 10 representantes na comissão, incluindo o chefe de gabinete José Alves Firmino, o secretário de Finanças Cleyton da Silva Menezes e o procurador-geral do Município José Carlos Issy.
A primeira reunião de transição entre as gestões de Cruz e Mabel ocorreu na terça-feira (29), em um clima político amigável, e o primeiro encontro de trabalho foi realizado na quinta. Segundo Ortegal, a equipe de Mabel solicitou a inclusão dos novos membros na comissão e formalizou um pedido de documentos à Prefeitura, conforme a resolução do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO).
Pedido de dados
Os documentos solicitados incluem o demonstrativo das obras em andamento, que deve conter um resumo dos saldos a pagar e um percentual indicando o estágio de execução; o Plano Plurianual vigente; a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo exercício; e a relação atualizada dos servidores municipais. A Prefeitura tem um prazo de 10 dias para responder a esse pedido. A próxima reunião está agendada para o dia 11 de novembro.
A resolução do TCM-GO sobre o processo de transição estabelece que a comissão deve contar com seis representantes, sendo três do prefeito eleito e três do atual gestor, considerado pelas lideranças políticas como o número mínimo necessário.
O secretário de Governo, Jovair Arantes, ressaltou o clima de "harmonia" entre as equipes. Ele mencionou que, durante as reuniões da comissão, serão apresentados os cenários das diversas secretarias. "A cidade não merece paralisar para depois começar a fazer um novo governo. Tem que ir tocando e ajustando dentro da necessidade do novo governo", declarou em coletiva após a reunião.
Ao ser questionado sobre a situação financeira da Prefeitura, o secretário afirmou que um estudo será realizado e apresentado ao novo prefeito, sendo divulgado em momento oportuno. O POPULAR já havia informado que o segundo quadrimestre deste ano foi encerrado com um déficit superior a R$ 300 milhões.
Na coletiva, Ortegal destacou o "tratamento cordial" com a Prefeitura e a disposição de Arantes em atender às solicitações da equipe de Mabel. Ele também mencionou que a comissão acompanhou a prestação de contas do secretário de Saúde, Wilson Pollara, à Câmara na quarta-feira (30), onde Pollara expressou suas preocupações sobre a gestão da pasta e se comprometeu a realizar pagamentos para assegurar a continuidade dos serviços nas maternidades municipais.
Ortegal reafirmou a posição de Mabel, ressaltando que a saúde pública é uma questão sensível em todo o Brasil e que os documentos relacionados ao tema serão cuidadosamente analisados.