Ramagem deixa a PF após prestar depoimento em inquérito que apura suposta tentativa de golpe para impedir posse de Lula

oglobo.globo.com
Ramagem deixa a PF após prestar depoimento em inquérito que apura suposta tentativa de golpe para impedir posse de Lula


Deputado federal comandou a Abin no governo Bolsonaro O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, na tarde desta terça-feira, após prestar depoimento no inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de 2023. Ele deixou o local por volta de 16h40, depois de passar cerca de 2h40 prestando depoimento.
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Ex-delegado da PF e candidato derrotado a prefeito do Rio, Ramagem foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e um dos principais homens de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A investigação está na reta final para ser concluída e tem Bolsonaro como um dos principais alvos. O depoimento estava marcado para as 14h. A fase de depoimento dos investigados é uma das últimas etapas do procedimento.
A coluna de Lauro do Jardim informou que Ramagem deve ser um dos indiciados na investigação, além do ex-presidente. Procurado, ele não quis se manifestar.
O deputado também é investigado em um outro inquérito que apura se a Abin, sob o comando dele, foi utilizada para fazer o monitoramento ilegal de alvos que eram desafetos do governo Bolsonaro. Dados das duas investigações foram compartilhados.
A principal linha de investigação da PF é que diversos órgãos do governo passado foram mobilizados para interferir na posse de Lula, como setores da Abin, Polícia Rodoviária Federal, Palácio do Planalto e das Forças Armadas.
Uma das principais provas elencadas pela PF é a discussão de uma minuta golpista em reuniões nos Palácios do Planalto e da Alvorada, no fim de 2022. Segundo a PF, o ex-presidente teria convocado os então comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha para tratar sobre a aplicação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa e de sítio para impedir a transmissão o cargo a Lula, que havia ganhado as eleições naquele ano. Conforme as investigações, os chefes do Exército e da Aeronáutica se manifestaram contra o plano.




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