Demissões em massa e descaso com servidores causam protestos na rede estadual de ensino em Goiás
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Professores e servidores da educação realizaram hoje, quarta-feira (6), uma manifestação em frente à Secretaria de Educação (Seduc) de Goiás. O protesto, organizado pelo Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás), enunciou as recentes demissões em massa de professores temporários e merendeiras antes do término do ano letivo.
A presidenta do Sintego e deputada estadual, Bia de Lima (PT), denunciou a situação em suas redes sociais: "Ao encerrar os contratos temporários antes de encerrar o ano letivo, é um absurdo do tamanho do mundo. Como é que essas crianças, esses jovens, vão ter a finalização do semestre, do período letivo de 200 dias?"
A situação se agrava com novas denúncias sobre o encerramento de contratos de servidores no meio do segundo semestre letivo. "Aqui em Anápolis na Escola Polivalente do Maracanã mandaram as merendeiras todas embora hoje e os alunos estão dizendo que eles vão entrar de greve por que ele não vai ficar sem merenda... E agora coitados desses alunos, mas pode mandar embora antes de acabar o ano letivo os contratos?", afirma um denunciante anônimo.
O caso já foi levado ao Ministério Público pela liderança sindical.
Bia de Lima também questiona a motivação das demissões: "Tem gente que está há 10, 15 anos como contrato temporário. É para não pagar o abono no final de dezembro? É para não pagar aquilo que é de direito legítimo aos professores?"
O protesto também foi contra o assédio moral relatado pelos trabalhadores e pela reivindicação de um plano de carreira que valorize a educação, além do fim da taxação de 14,25% sobre aposentados. Vale ressaltar que existem cerca de 2.400 professores aprovados em concurso público aguardando convocação.
Pais, alunos e toda a sociedade foram convidados para participarem do ato, que aconteceram simultaneamente em diversas coordenações regionais do estado, o interesse por uma rede estadual de ensino com professores e servidores trabalhando em condições dignas é de todos.