Depoimento de Coronel da PM Castilho pode ligar Jorge Caiado a assassinato de Fábio Escobar
A Justiça ouvirá nesta sexta-feira (8) o depoimento do Coronel Newton Nery Castilho, testemunha-chave que pode estabelecer a conexão entre Jorge Caiado e os policiais militares envolvidos no assassinato de Fábio Escobar, ex-coordenador eleitoral em Anápolis.
De acordo com as investigações, em 2019, quando ocupava o cargo de secretário da Casa Militar de Goiás, o Coronel Castilho teria sido abordado por Jorge Caiado e Cacai Toledo, então presidente do partido de Caiado em Anápolis, para participar de uma ação criminosa. O encontro teria ocorrido no próprio gabinete do secretário, na sede do Governo. Na ocasião, Castilho recusou a proposta, afirmando que "não era jagunço" e que sua função era combater o crime.
Fábio Escobar, 38 anos, que atuou como coordenador municipal da campanha do governador Ronaldo Caiado (UB) em 2018, foi assassinado com dois tiros em 23 de junho de 2021. O crime teria ocorrido após Escobar romper com o governo e denunciar esquema de caixa dois durante o período eleitoral. Na mesma ocasião, outras sete pessoas foram mortas.
Em um caso relacionado, Bruna Vitória Rabelo Tavares, de 19 anos, que estava grávida de sete meses, foi assassinada próximo à Praça Dom Emanuel, no Bairro Jundiaí, em Anápolis. Segundo as investigações, sua morte e a de outras sete pessoas teriam sido executadas como queima de arquivo, para encobrir o crime político.
O depoimento do Coronel Castilho é aguardado com expectativa, pois pode trazer novos elementos para o esclarecimento destes crimes que chocaram a população de Goiás.