Morto em Guarulhos investiu em criptomoedas, enriqueceu na construtora do maior prédio de SP e tinha avião de R$ 2,5 milhões
Vinicius Gritzbach, empresário do ramo imobiliário e investidor em criptomoedas, foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após anos jurado de morte pelo PCC. Gritzbach começou a trabalhar aos 15 anos, formou-se em Administração e Engenharia Civil, e iniciou sua carreira como corretor de imóveis. Seu salto profissional ocorreu na construtora Porte Engenharia, onde trabalhou durante seis anos e alcançou o cargo de gerente-comercial, com remuneração de até R$ 25 mil, complementada por comissões.
Após sair da Porte, Gritzbach fundou várias empresas, especialmente no setor imobiliário. Sua maior empresa, a SP Investimentos e Empreendimentos, com capital registrado de R$ 4 milhões, está localizada em um prédio empresarial no bairro Jardim Anália Franco, em São Paulo. Outras empresas fundadas por ele incluem a Vita Empreendimentos, uma firma registrada em seu nome e a VMA Intermediações e Negócios, com capital social total de R$ 310 mil.
Além do setor imobiliário, Gritzbach ingressou no negócio de postos de gasolina em 2020, tornando-se proprietário de um estabelecimento em Mogi das Cruzes. Ele também investiu no mercado de criptomoedas por meio do Alter Bank, embora sua atuação tenha sido restrita a investimentos pessoais.
Ao longo dos anos, ele acumulou um patrimônio considerável, incluindo imóveis residenciais em Guaianazes e no Guarujá, além de um apartamento em São Paulo, um sítio no interior e imóveis comerciais alugados para a Prefeitura de São Paulo. Seu patrimônio inclui ainda uma compra no valor de R$ 2,2 milhões e uma comissão de R$ 2,5 milhões.
Segundo a polícia, Gritzbach havia firmado um acordo de delação premiada em uma investigação envolvendo o PCC, e seus negócios integravam uma "rede sofisticada" de lavagem de dinheiro da facção. A VMA Intermediações e Negócios foi apontada como veículo para essas operações, frequentemente realizadas com o uso de laranjas. De acordo com investigadores, ao menos 40 imóveis da VMA foram adquiridos para ocultação de bens e lavagem de dinheiro, além de negócios superfaturados envolvendo helicópteros e lanchas.