Cesta básica sobe 11,16% e compromete mais de 60% do salário mínimo, segundo estudo
A recente pesquisa conduzida pelo NEPE-UEG trouxe à tona uma preocupante realidade econômica em Anápolis. O estudo revelou um aumento alarmante de 11,16% no custo da cesta básica entre setembro e outubro, elevando seu valor de R$ 713,99 para R$ 793,65. Este incremento significa que mais de 60% do salário mínimo líquido dos trabalhadores é consumido apenas pela aquisição de itens básicos de alimentação.
O cenário se torna ainda mais crítico quando consideramos que, para manter uma família de quatro pessoas, seria necessário um salário mínimo de R$ 9.962,13 - mais de sete vezes o valor atual. Esta disparidade ressalta o desafio enfrentado por famílias de baixa renda, especialmente aquelas que sobrevivem com apenas um quarto do salário mínimo.
Anápolis mantém sua posição como a cidade com o custo de vida mais elevado no eixo Goiânia-Anápolis-Brasília, ocupando o terceiro lugar no ranking nacional de cesta básica mais cara, atrás apenas de grandes centros como São Paulo e Florianópolis. Esta situação evidencia a urgência de medidas que visem proteger o poder aquisitivo dos trabalhadores e garantir a segurança alimentar das famílias.
Baseado na metodologia do DIEESE e em dados do IBGE, o estudo destaca que a alimentação representa quase um quarto das despesas das famílias de baixa renda em Goiás. Diante destes fatos, especialistas enfatizam a necessidade de uma revisão do salário mínimo que reflita de forma mais adequada as necessidades reais da população, assegurando condições dignas de vida e acesso aos bens essenciais.