Consumo de energia em Goiás sobe 16% em outubro; calor e chuvas são os vilões no bolso do consumidor
Um levantamento da Equatorial Goiás revelou que, em outubro, o consumo de energia elétrica pelos clientes residenciais cresceu quase 16% em comparação a setembro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 14%, estabelecendo um recorde no estado.
A companhia atribui esse aumento ao calor intenso e às chuvas ocorridas em outubro, com temperaturas chegando a 40 °C em alguns dias. Marcos Aurélio Silva, executivo de faturamento da Equatorial Goiás, explica que a combinação de chuva e calor impacta significativamente o uso de energia, especialmente pela maior demanda por aparelhos de climatização. Quando as temperaturas externas são elevadas, os aparelhos de ar condicionado precisam trabalhar mais para resfriar o ambiente. Além disso, a umidade proveniente das chuvas faz com que os aparelhos não apenas refrigerem o ar, mas também removam a umidade, resultando em um consumo energético consideravelmente maior.
Bandeira tarifária
Até o final de outubro, a bandeira tarifária, definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), era vermelha, devido às chuvas abaixo da média, que afetaram os reservatórios das hidrelétricas. Esse cenário de escassez, aliado a temperaturas superiores à média histórica, levou à maior operação das termelétricas, que geram energia a um custo mais elevado. Para novembro, a Aneel anunciou a mudança para a bandeira amarela, possibilitada pelo aumento das chuvas em outubro. Com isso, o valor adicional cobrado por cada 100 kWh consumidos diminui de R$ 7,877 para R$ 1,885. As concessionárias de energia seguem as diretrizes do Governo Federal e não têm influência sobre essas decisões.
Contudo, pequenas mudanças diárias podem fazer uma grande diferença na redução da conta de energia. Desligar aparelhos quando não estão em uso, utilizar eletrodomésticos eficientes e aproveitar a luz natural são algumas atitudes que ajudam a estabilizar e tornar a rede elétrica mais eficiente.
Uma maneira eficaz de economizar é reduzir o tempo no chuveiro. Por exemplo, dois banhos diários de quinze minutos em potência máxima (no inverno) consomem, em média, R$ 66,90 por pessoa ao mês. Se a temperatura for ajustada para o modo verão e o tempo de banho reduzido para sete minutos, o custo cai para R$ 15,60 por pessoa. Em uma família de quatro pessoas, isso pode resultar em uma economia total de aproximadamente R$ 205,00 no mês.