Segundo o Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps), a fila de espera do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve um aumento de 32,9% nos últimos três meses, passando de 1,353 milhão de pedidos em junho para 1,798 milhão em setembro deste ano. Desse total, cerca de 1,5 milhão de processos aguardam apenas a análise do INSS e a perícia médica, enquanto o restante está pendente devido à falta de documentos a serem apresentados pelos segurados. 

Em junho, o tempo médio de concessão dos benefícios era de 39 dias, mas em setembro esse número subiu para 41 dias. A greve dos servidores do INSS, a paralisação dos médicos peritos e a instabilidade no sistema são apontadas como as principais causas desse aumento na fila, o que tem impactado milhares de segurados. 

A região Nordeste lidera com a maior fila de espera, com 742,23 mil solicitações, seguida pelo Sudeste, com 526,91 mil. Em terceiro lugar está o Norte, com 193,34 mil pedidos, seguido pelo Sul, com 196,14 mil. A região Centro-Oeste tem a menor fila, com 140,26 mil solicitações.

Os benefícios mais afetados pela demora na concessão são a aposentadoria por idade ou tempo de contribuição, a pensão por morte, a aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença. Para os segurados que dependem exclusivamente dos recursos do INSS, os atrasos na liberação desses benefícios comprometem diretamente a qualidade de vida, a saúde e a estabilidade financeira, especialmente em momentos de emergência.