Lula recebe chefes de Estado do G20 no Rio. Saiba o que está em jogo

Metrópoles
Lula recebe chefes de Estado do G20 no Rio. Saiba o que está em jogo Lula no encerramento do G20 Social, no sábado (16) — Foto: Alexandre Brum /G20

A cúpula do G20, o Grupo dos Vinte, começa nesta segunda-feira (18/11) no Rio de Janeiro. O bloco adota a Presidência rotativa, e neste último ano o Brasil foi responsável por liderar o grupo, transferindo a presidência para a África do Sul ao final do evento, que se estende até terça-feira (19/11).

Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá autoridades de diversos países, incluindo os mandatários Joe Biden (Estados Unidos), Xi Jinping (China) e Javier Milei (Argentina). Durante a cúpula, um dos destaques será o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa liderada pelo Brasil que visa combater a insegurança alimentar e a desigualdade global. A proposta conta com o apoio de países como Alemanha, Noruega, Paraguai, Bangladesh, além da União Europeia e da União Africana, com o presidente Biden também demonstrando apoio. Organizações internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Câmara de Comércio Internacional e a Fundação Rockefeller, também confirmaram adesão ao projeto.

Outro tema importante da presidência brasileira foi a proposta de taxação das grandes fortunas. Lula defende a criação de um sistema tributário internacional para taxar as riquezas dos bilionários, com o objetivo de financiar ações de combate à desigualdade. Em julho, ministros de Finanças do G20 assinaram uma declaração comprometendo-se a estudar formas de tributar os super-ricos.

A reforma da governança global também esteve no centro da agenda do Brasil durante sua presidência. O presidente Lula tem criticado a estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU), em particular o poder de veto e a posição dominante dos países do Norte global, e defende uma maior participação de nações da América Latina, África e Ásia nos fóruns internacionais.

Além disso, a questão do desenvolvimento sustentável foi amplamente discutida, especialmente no contexto das mudanças climáticas. O Brasil tem se empenhado em promover a transição para energias renováveis e, em agosto, recebeu representantes do Business 20 (B20), o braço empresarial do G20. As principais demandas dos empresários incluem o uso de capital privado para financiar a transição energética, soluções alimentares mais resilientes a eventos climáticos extremos e uma maior inclusão de diversidade no mercado de trabalho.

O G20 é composto por 19 países e a União Europeia: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, além da União Africana e da União Europeia. A presidência do grupo é rotativa, com um país diferente assumindo a liderança a cada ano. Criado em 1999, o G20 surgiu em resposta à crise financeira global com o objetivo de fortalecer as economias dos países membros e promover o desenvolvimento socioeconômico.




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