Flávio Bolsonaro sobre prisão de militares que planejavam assassinar Lula: 'Pensar em matar não é crime'

Metrópoles
Flávio Bolsonaro sobre prisão de militares que planejavam assassinar Lula: 'Pensar em matar não é crime' Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (19/11) que “pensar em matar alguém não é crime”, ao se referir à operação da Polícia Federal (PF) que visa prender agentes suspeitos de planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Esses indivíduos também são acusados de conspirar para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.


“Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E, para haver uma tentativa, é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, comentou o congressista na rede social X.


Para Flávio, as decisões judiciais “sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”. O senador também citou um projeto de lei (PL) de sua autoria que tramita no Congresso. Segundo o parlamentar, a proposta “criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de três ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime”.


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se manifestou sobre a operação da Polícia Federal (PF).


A operação

A ação da PF tem como alvo os chamados “kids pretos”, que incluem militares da ativa e da reserva. Além deles, um policial federal foi detido. Autorizada por Alexandre de Moraes, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares.


Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes, que atuou como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro e foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. 


Outros “kids pretos” detidos incluem:

  • Tenente-coronel Helio Ferreira Lima
  • Major Rodrigo Bezerra Azevedo
  • Major Rafael Martins de Oliveira


O policial federal Wladimir Matos Soares também foi preso. O Exército Brasileiro acompanhou a execução dos mandados em diversas unidades da Federação, incluindo Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.




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