Chorar uma vez por semana pode ser bom para à saúde, afirma especialista; entenda

O GLOBO
Chorar uma vez por semana pode ser bom para à saúde, afirma especialista; entenda 'Chorar é mais eficiente do que rir ou dormir para reduzir o estresse', diz especialista — Foto: Freepik

Há 50 anos, em 1974, o economista britânico Richard Easterlin publicou o artigo "O crescimento econômico melhora a condição humana? Algumas evidências empíricas", apresentando o famoso "Paradoxo de Easterlin". Ele observou que, após um nível básico de necessidades satisfeitas, a riqueza de um país não necessariamente aumentava a felicidade de seus cidadãos. Mesmo em países onde o PIB cresceu substancialmente ao longo das décadas – como Japão e Estados Unidos no pós-guerra –, o bem-estar emocional agregado não acompanhou esse aumento.

Desde então, a ciência da felicidade expandiu-se significativamente, com a criação de institutos, revistas acadêmicas e até programas governamentais dedicados a maximizar o bem-estar populacional. O exemplo mais emblemático é o Butão, onde o progresso é medido não pelo PIB, mas pelo "Felicidade Interna Bruta".

Relatório Mundial de Felicidade e novos padrões

Recentemente, o Relatório Mundial de Felicidade destacou um dado surpreendente: a diminuição da felicidade entre adolescentes desde 2006, aprofundada pela pandemia. Antes, a felicidade ao longo da vida seguia uma curva em formato de "U", com altos níveis na juventude, uma queda na meia-idade e uma recuperação após os 50 anos.

O ranking dos países mais felizes permanece estável, com os países nórdicos dominando o topo – a Finlândia, em especial. Estados Unidos e Alemanha, no entanto, caíram para as posições 23 e 24, enquanto a Argentina subiu para o 48º lugar.

Críticas e peculiaridades culturais

A ciência da felicidade é amplamente discutida, mas também criticada. Um dos principais desafios é a subjetividade da felicidade, influenciada por fatores culturais. No norte da Europa, por exemplo, há uma tendência a reportar maior felicidade, enquanto no Japão a modéstia cultural resulta em respostas mais reservadas.

O valor terapêutico do choro

Curiosamente, no Japão, o choro ganhou destaque como ferramenta de bem-estar. Hidefumi Yoshida, o "mestre das lágrimas", realiza palestras sobre os benefícios do choro regular. Ele afirma que chorar é mais eficaz do que rir ou dormir para reduzir o estresse, pois ativa o sistema nervoso parassimpático, reduz a frequência cardíaca e acalma a mente.

Estudos como o de William Frey, em 1981, mostraram que o ato de chorar libera endorfinas, promovendo felicidade e alívio emocional. Em 2008, uma pesquisa com mais de 3 mil pessoas reforçou esses achados, concluindo que chorar em situações difíceis pode ser profundamente terapêutico.

Hoje, plataformas como cryonceaweek.com oferecem conteúdos projetados para estimular lágrimas, destacando como o choro pode ser uma forma poderosa de lidar com o estresse e cultivar o bem-estar. Afinal, como dizem por aí: "Se quiser chorar, chore".




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