A Polícia Federal iniciou, nesta terça-feira (26/11), a Operação Sisamnes, com o intuito de investigar crimes relacionados a organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. 

As investigações revelam um suposto esquema de venda de decisões judiciais que envolve advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. Segundo as apurações, os envolvidos solicitavam valores para favorecer partes em processos judiciais, emitindo decisões que atendiam a seus interesses.

Diversas fontes indicam o envolvimento da empresa Fource no esquema de venda de decisões. O Ministério Público solicitou a prisão de um juiz e de seu filho, que estão sendo investigados por essa prática. Além disso, o CNJ afastou juízes do TJMT e está conduzindo investigações sobre a venda de decisões.

As investigações também incluem negociações relacionadas ao vazamento de informações sigilosas, que abrangem detalhes de operações policiais. Sob a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), foi cumprido um mandado de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal. Medidas cautelares foram implementadas, como a instalação de monitoramento eletrônico, afastamento de funções públicas de servidores e membros do Poder Judiciário, além do sequestro, arresto e indisponibilidade de bens e valores dos investigados.

O nome da operação faz alusão a um episódio da mitologia persa, durante o reinado de Cambises II, que conta a história do juiz Sisamnes, que aceitou um suborno para proferir uma sentença injusta.