Ex-secretário de Saúde, Wilson Pollara e auxiliares permanecem detidos após audiência de custódia
Os três funcionários de alto escalão da Prefeitura de Goiânia, entre eles o ex-secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, permanecem detidos na Casa do Albergado, localizada no Jardim Europa. A manutenção da prisão foi confirmada após a audiência de custódia realizada no Fórum Cível da capital na tarde de quinta-feira (28). Eles estão encarcerados desde quarta-feira (27), quando as prisões foram decretadas em decorrência da Operação Comorbidades, conduzida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO).
Com a prisão temporária confirmada pela juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, os investigados continuarão detidos até domingo (1º), podendo esse prazo ser prorrogado por mais cinco dias. Conforme a advogada Andreia Messora, que faz a defesa do ex-diretor financeiro da Saúde, Bruno Vianna Primo, "a juíza entendeu que não ocorreu nenhuma alteração desde a decisão sobre a prisão temporária, por isso foi mantida".
De volta à Casa do Albergado, os detidos aguardam um resultado favorável da liminar apresentada por seus advogados. A defesa de Pollara, representada pelo advogado Thiago Peres, tem reforçado o pedido de habeas corpus feito na quinta-feira (28), após obter acesso ao inquérito, que estava sob sigilo. Segundo a equipe de advogados, a prisão de Pollara é considerada desnecessária e já cumpriu seu propósito. Eles argumentam que as medidas cautelares, como o afastamento das funções públicas e a proibição de contato com testemunhas, são suficientes para assegurar o andamento das investigações.
Com a prisão temporária confirmada pela juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, os investigados permanecerão detidos até domingo (1º), podendo esse prazo ser estendido por mais cinco dias. Conforme a advogada Andreia Messora, que faz a defesa do ex-diretor financeiro da Saúde, Bruno Vianna Primo, "a juíza entendeu que não ocorreu nenhuma alteração desde a decisão sobre a prisão temporária, por isso foi mantida".
De volta à Casa do Albergado, os detidos aguardam um desfecho favorável da liminar apresentada por seus advogados. A defesa de Pollara, representada pelo advogado Thiago Peres, tem reiterado o pedido de habeas corpus feito na quinta-feira (28), após obter acesso ao inquérito que estava sob sigilo. Segundo a equipe de advogados, a prisão de Pollara é considerada desnecessária e já cumpriu seu propósito. Eles argumentam que as medidas cautelares, como o afastamento das funções públicas e a proibição de contato com testemunhas, são suficientes para garantir o andamento das investigações.
Os presos incluem Wilson Pollara (ex-secretário municipal de Saúde), Quesede Ayres Henrique (ex-secretário executivo da SMS) e Bruno Vianna Primo (ex-diretor financeiro). Eles foram detidos durante a operação do Ministério Público (MP) e chegaram ao Fórum Cível de Goiânia, no Parque Lozandes, por volta das 15 horas da quinta-feira para a audiência de custódia. Algemaados, eles usavam roupas fornecidas por um dos advogados na tarde da quarta-feira, na Casa do Albergado. Até o início da noite, populares e jornalistas aguardaram o retorno dos investigados à prisão temporária, que ocorreu às 19h20.
Operação
A prisão de Pollara e de dois agentes públicos ocorreu na manhã de quarta-feira (28), quando foi deflagrada a Operação Comorbidades, do MPGO. No mesmo dia, foram executados oito mandados de busca e apreensão contra os investigados. Além disso, foi determinado o afastamento cautelar e a suspensão das funções públicas dos três detidos. As exonerações dos investigados de seus respectivos cargos foram publicadas no Diário Oficial do Município (DOM) na mesma data.
De acordo com informações contidas no processo do MPGO, os envolvidos estão sendo investigados por não repassarem verbas públicas conforme a contabilidade, o que afetou convênios com entidades do terceiro setor responsáveis pela gestão de unidades hospitalares e maternidades, especialmente a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). Nesta entidade, foi identificada uma dívida de R$ 121,8 milhões com fornecedores.
A Fundahc gerencia o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e o Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC). Uma das táticas utilizadas pelos ex-agentes consistia em realizar pagamentos diretamente com os fornecedores, desconsiderando a mediação da fundação. Além disso, a Fundahc teria sido prejudicada pelo recebimento de valores significativamente menores do que os previstos.
Segundo uma matéria do POPULAR divulgada nesta semana, o inquérito apresentado pelo MPGO contém evidências, como trocas de mensagens entre os investigados e a diretora-executiva da Fundahc, Lucilene Maria da Sousa. Nessas conversas, são feitas determinações e pressões, além de um comprovante de transferência de R$ 30 mil, realizado em 19 de outubro, da conta de um empresário do Tocantins, que não possui qualquer vínculo com a SMS ou a Fundahc. Esse valor teria sido transferido para a conta particular de um prestador de serviços da fundação, visando garantir que os pediatras não interrompessem os serviços.
A manobra foi supostamente intermediada por Pollara. As investigações tiveram início a partir de informações como essas, repassadas pelo Ministério Público de Contas (MPC), levando Lucilene a ser ouvida pelo Grupo de Atuação Especializada no Patrimônio Público (Gaepp) do MPGO em agosto deste ano. Durante esse depoimento, ela informou às autoridades que o esquema liderado por Pollara estava em pleno funcionamento.namento.