Descubra a identidade do casal fugitivo que ostentava vida de luxo com golpes milionários em produtores rurais
Um casal foragido está sendo procurado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e teve seus nomes incluídos na lista vermelha da Interpol. Vinícius Martini de Mello, corretor de grãos, e sua esposa, Camila Rosa Melo, são suspeitos de aplicar golpes que causaram um prejuízo estimado em R$ 40 milhões a produtores rurais da região de Rio Verde, no sudoeste goiano. Além disso, eles fazem parte de uma organização criminosa especializada em sonegação de impostos.
A PCGO suspeita que o casal tenha fugido para os Estados Unidos. Vinícius e Camila enfrentam acusações de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Golpes Milionários
De acordo com a Polícia Civil, a operação Deméter, realizada nos dias 28 e 29 de novembro, resultou na prisão de quatro indivíduos suspeitos de fazer parte da organização criminosa junto a Vinícius e Camila. Os golpes eram realizados com o intuito de ostentar e manter um estilo de vida luxuoso.
Durante a operação policial, foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de aproximadamente 470 veículos, duas aeronaves e sete imóveis de luxo. Além disso, foi solicitado o bloqueio de R$ 19 bilhões que o grupo teria movimentado nos últimos três anos.
Para executar os golpes, a organização criminosa criava empresas fantasmas e utilizava laranjas para emitir notas fiscais sem o devido recolhimento de impostos, conhecidas como "empresas noteiras".
Até o momento, 13 vítimas registraram boletins de ocorrência, mas a Polícia Civil de Goiás (PCGO) acredita que esse número seja ainda maior, uma vez que alguns produtores decidiram não denunciar os casos.
Modo de Operação
Os relatos indicam que Vinícius se aproximava dos agricultores com a promessa de adquirir grãos. No entanto, após receber o pagamento, ele não entregava a mercadoria e revendia os produtos para terceiros.
Informações não oficiais sugerem que a empresa do casal teria adquirido mais de 3 milhões de sacas de grãos a aproximadamente R$ 60 cada, com pagamentos programados para os próximos meses. Alguns produtores já entregaram toda a sua produção para a empresa.
A investigação revelou que o grupo movimentou cerca de R$ 19 bilhões em transações suspeitas em pouco mais de três anos. A polícia solicitou o bloqueio desse valor, mas, até esta segunda-feira (2/12), a Justiça ainda não havia deferido o pedido.