Polícia Civil prende dona e fecha clínica onde mulher morreu após ser convencida a fazer procedimento estético
Na terça-feira (3), a Polícia Civil fechou uma clínica em Goiânia após a morte de uma paciente, ocorrida no final de semana, poucas horas após um procedimento estético. A proprietária do local, cuja identidade não foi divulgada, foi presa em flagrante, acusada de oferecer serviços impróprios ao consumo e de realizar procedimentos de alta periculosidade sem a devida autorização legal.
Os agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) identificaram a clínica, que operava sem a autorização da Anvisa, após receberem uma denúncia sobre a morte de uma paciente que havia se submetido a um procedimento no sábado (30/11). De acordo com a delegada Débora Melo, Daniele Mendes, de 34 anos, teve uma forte reação alérgica e sofreu uma parada cardíaca logo após ser convencida a realizar o procedimento estético.
“O que descobrimos é que a vítima tinha ido ao local conhecer, mas foi convencida pelas atendentes a realizar um procedimento, que começou às 11h do sábado. Imediatamente após receber a aplicação de um ácido, ela teve uma alergia, um choque anafilático e uma parada cardíaca, ocasião em que a pessoa que realizou o procedimento tentou reanimá-la. Como não possuía um desfibrilador no local, ela chegou a fazer uma traqueostomia. O Samu foi acionado, levou a paciente a um hospital, mas no dia seguinte ela teve a morte cerebral constatada”, descreveu.
Segundo a delegada, a clínica onde o fato aconteceu não tinha autorização, nem equipamentos que garantissem a aplicação segura da medicação. A princípio, a proprietária foi autuada apenas por crimes contra relações de consumo, mas está sendo investigada, também, por homicídio. Somente laudos periciais, porém, confirmarão, ou não, a culpa dela na morte da paciente.