Trump inicia verdadeira "caça às bruxas" contra imigrantes ilegais com prisões e deportações imediatas
Tom Homan, chefe do Serviço de Imigração e Controle (ICE) dos Estados Unidos e conhecido como o “Czar das fronteiras” durante o governo de Donald Trump, informou que as operações de batidas e deportações de imigrantes ilegais terão início nesta terça-feira, 21 de janeiro. A medida será implementada menos de 24 horas após a posse do novo presidente, marcando o início de uma nova fase na política de imigração do país.
Trump, que sempre manifestou sua insatisfação em relação à imigração de estrangeiros, especialmente latinos, nos Estados Unidos, não hesitou em agir. Logo após assumir o cargo, Donald Trump assinou decretos que possibilitam a deportação de imigrantes indocumentados.
De acordo com Homan, a partir desta terça-feira, os agentes de imigração atuarão em diversas regiões dos Estados Unidos para prender e deportar indivíduos que se encontram ilegalmente no país.
O “Czar das fronteiras” não revelou os locais das operações nem se o foco principal será nas “cidades santuários”, que, segundo o novo governo, não colaboram com as autoridades de imigração. No entanto, Homam assegurou que a “varredura” em busca de imigrantes ilegais se estenderá por todo o território nacional. O governo Trump revogou a proibição de fazer operações de imigração em escolas, hospitais e igrejas, conforme reportado pelo jornal The Guardian.
“Eles [ICE] vão fazer isso por todo o país. Temos escritórios por todo o país, e cada oficial de imigração vai estar lá e fazer cumprir a lei a partir de amanhã de manhã [nesta terça]”, afirmou o secretário.
Medidas contra-imigração
As ações do ICE são baseadas nos decretos assinados por Trump na segunda-feira, 20 de janeiro. Essas ordens executivas estabelecem políticas rigorosas com o objetivo de impedir a entrada de migrantes sem documentos nos Estados Unidos. Durante seu discurso de posse, o presidente dos EUA declarou uma emergência nacional na fronteira com o México e anunciou uma série de iniciativas contra a imigração, incluindo o envio de um contingente adicional das Forças Armadas para a região.
“Devido à gravidade e emergência deste perigo atual e ameaça iminente, é necessário que as Forças Armadas tomem todas as medidas apropriadas para auxiliar o Departamento de Segurança Interna a obter o controle operacional total da fronteira sul”, diz o decreto anti-imigração.
Entre as ações anunciadas por Trump, destacam-se:
- Instruir as forças armadas a priorizar a segurança da fronteira dos EUA e a integridade territorial.
- Eliminar a política de "captura e soltura", que permite a liberação de migrantes enquanto aguardam uma audiência sobre seu status de asilo.
- Encerrar o direito ao asilo e fechar a fronteira para imigrantes que entram ilegalmente.
- Restabelecer a política de "permanecer no México", que exige que os solicitantes de asilo fiquem no México até a data de sua audiência de imigração, além de construir um muro na fronteira.
- Assinar uma ordem executiva declarando uma emergência energética nacional.
- Classificar cartéis como "organizações terroristas".
Com as novas diretrizes da administração, os agentes de Imigração e Alfândega são agora incentivados a aplicar “uma dose saudável de bom senso” na escolha de locais para abordar pessoas sem documentos apesar da liberação para as batidas acontecerem onde se achar necessário