Baldy, chefão da BYD, vai pedir demissão ou será exonerado da Agehab, entenda
Consultado por um jornalista, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que, de acordo com a Lei nº 13.303, artigo 17, parágrafo 2, Alexandre Baldy, presidente da Agência de Habitação de Goiás (Agehab), já deveria ter sido exonerado pelo governo estadual. Conhecida como Lei das Estatais, essa legislação proíbe a nomeação de presidentes de partidos políticos para estatais. Baldy é presidente do Progressistas (PP) e, além disso, lidera a BYD, empresa acusada no Brasil de irregularidades trabalhistas.
A Lei 13.303 regula licitações, contratos administrativos e a nomeação de presidentes e diretores de estatais. Baldy, no cargo de presidente da Agehab, está em desacordo com essa legislação, o que gerou questionamentos sobre a possibilidade de crime, especialmente pela falta de investigação por parte do Ministério Público de Goiás. Um promotor aposentado expressou surpresa pela ausência de ação do MP.
O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE) abriu um processo de auditoria, que será relatado pelo conselheiro Edson Ferrari, e há indícios de que o relatório resultante recomendará o afastamento de Baldy da presidência da Agehab. Ciente dessa situação, Baldy já teria preparado sua carta de demissão, sabendo que pode ser denunciado e obrigado a devolver valores recebidos no cargo.
Há especulações de que Baldy seja transferido para a Secretaria da Indústria e Comércio, assumindo o posto de seu irmão, Joel Santana Braga Filho, que tem feito um bom trabalho na SIC.