Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira registrou, pela primeira vez, "violência" como o tema mais citado pelos entrevistados na pergunta sobre o "principal problema" do país. Segundo o levantamento, 26% apontaram a violência entre outros seis temas, pela primeira vez à frente de "economia", que aparece com 21% das menções.

Na série histórica medida pela Quaest, desde abril de 2023, "violência" tem registrado uma trajetória praticamente constante de alta: há cerca de dois anos, eram 12% os que apontavam ela como principal problema.

Na mesma época, "economia" era o tema mais citado, por 31%.
Para este levantamento, a Quaest entrevistou 4,5 mil pessoas entre os dias 23 e 26 de janeiro, de forma presencial, em todo o país. A margem de erro é de 1 ponto.

A mesma pesquisa apontou um recuo na aprovação do governo Lula neste início de 2025, sendo superada pela primeira vez pelo percentual de desaprovação.
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De acordo com a pesquisa, além de "violência", outro tema que vem registrando viés de alta é "questões sociais", apontado como principal problema do país por 23%.

Principal problema do país:
A Quaest agrupa ainda as respostas dos entrevistados em outros três temas: "saúde", "educação" e "corrupção". Esta última vem em trajetória de baixa nos últimos meses, e foi mencionada como problema do país por apenas 8% dos entrevistados em janeiro, mesmo percentual que fez alusão à educação.
Já a saúde é apontada como principal problema por 14% dos entrevistados, de acordo com a Quaest.

A alta nas menções à violência ocorre após as eleições municipais, momento em que o tema perpassou campanhas de prefeitos nas principais cidades do país, mesmo sendo a segurança pública uma atribuição primordialmente dos governos estaduais.

Prefeitos de capitais iniciaram os novos mandatos neste ano com uma agenda de endurecimento na área da segurança, incluindo propostas de armar as respectivas Guardas Municipais.
Em paralelo a isso, o governo Lula procurou aumentar a participação federal nas ações de segurança e apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que, entre outros pontos, reconfigura a atuação da Polícia Rodoviária Federal.

A proposta, que passou por modificações depois de ser mal recebida por governadores, é tratada como uma das prioridades do Planalto em 2025.
Já a estagnação da economia nos últimos levantamentos reflete uma percepção de poucas novidades na área. Segundo a pesquisa, o percentual dos entrevistados que considera a economia "do mesmo jeito" que no ano anterior vem crescendo desde outubro: era de 22%, passou a 30% em dezembro, e agora registrou 32%.

Por outro lado, há indícios de insatisfação latente com a condução econômica no atual governo. De acordo com o levantamento, neste mês, 25% responderam que a economia "melhorou" nos últimos 12 meses, menos do que os 33% que davam esta resposta em outubro.