Polícia cumpre 114 mandados contra suspeitos de fraude milionária em contratos da Goinfra para manutenção de prédios públicos

O Popular
Polícia cumpre 114 mandados contra suspeitos de fraude milionária em contratos da Goinfra para manutenção de prédios públicos Reprodução

Na manhã desta terça-feira (28), a Polícia Civil (PC) deflagrou a operação "Obra Simulada", que investiga uma fraude milionária relacionada a um contrato da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) para a manutenção de prédios públicos. Ao todo, a PC cumpre 114 mandados judiciais em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal (DF), sendo 15 deles de prisão temporária. Até às 8h, oito pessoas foram detidas.


Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados, e, portanto, a defesa deles não pôde ser localizada até o momento. O popular disse ter tentado contatar a GoInfra para um posicionamento, mas não houve retorno até a última atualização.


De acordo com a Polícia Civil, a investigação apura diversos crimes na formalização e execução de um contrato administrativo celebrado entre a Goinfra e uma empresa privada do DF, referente ao período de 2023 a 2024, com um valor total de R$ 27,8 milhões. As irregularidades foram identificadas através de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da PC na Seinfra.


Os prejuízos iniciais aos cofres públicos, relacionados a pagamentos indevidos, estão estimados em R$ 10,4 milhões. Esse valor não inclui os custos que o Estado terá para reconstruir as estruturas que foram demolidas e não reerguidas pela empresa contratada.


A investigação revelou que a empresa recebeu diversos pagamentos irregulares antecipados, sem que as obras ou serviços fossem realizados de forma suficiente para justificar tais pagamentos. Há também indícios de superfaturamento nas intervenções.


O nome da empresa contratada ainda não foi divulgado, impossibilitando a localização de sua defesa.


Detalhes das Investigações

As apurações indicaram que o contrato, inicialmente firmado para serviços simples de reforma e manutenção predial, foi indevidamente alterado para um contrato de obras e serviços de engenharia, resultando em um aumento significativo nos preços por meio de aditivos posteriores.


Durante a execução do contrato, foram identificados casos de demolições totais de estruturas, apenas para justificar a emissão de notas fiscais e possibilitar pagamentos indevidos à contratada. As investigações apontaram fraudes em medições e na emissão de “atestes” de notas ideologicamente falsas, com a participação de ex-membros da Diretoria de Gestão Integrada da Goinfra, gestores e fiscais do contrato.


Além disso, a Polícia Civil informou que outra pretensão contratual da Goinfra, no valor de R$ 271,8 milhões e gerida pelos mesmos investigados, foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em abril de 2024, após a análise do Tribunal ter evidenciado um sobrepreço de mais de R$ 62 milhões.




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