Prefeito fala que prefere queimar árvore de Natal do que pagar dívida herdada de R$ 2 milhões devidos

m entrevista a emissora de rádio, prefeito falou em “fogueira de festa junina” ser melhor do que pagar pelo serviço; empresa não foi localizada para se manifestar


Prefeito fala que prefere queimar árvore de Natal do que pagar dívida herdada de R$ 2 milhões devidos Márcio Corrêa diz que vai acionar procuradoria, mas recomendou empresa ir à Justiça - Foto: reprodução redes sociais

O prefeito Márcio Corrêa (PL) disse em entrevista na terça (21) que acha melhor queimar a árvore de Natal montada no final do ano passado para os festejos da cidade, do que pagar pelo serviço realizado para o município. À Rádio São Francisco FM, Corrêa falou desejar uma “fogueira de festa junina” com o arranjo após a empresa cobrar a Prefeitura de Anápolis pelos enfeites.


Segundo ele, a empresa contratada, cujo nome não foi informado, não quer tirar a árvore enquanto não receber os R$ 2 milhões que teriam sido negociados com a gestão anterior. Ele comparou o valor com necessidades na área da saúde, como sendo mais emergenciais. “Entre na Justiça e busque seu caminho”, afirma prefeito de Anápolis

Márcio Corrêa afirmou que vai acionar a Procuradoria Geral do Município para se orientar sobre qual a decisão ideal para o caso. “Diz que o rapaz, a empresa, que fez essa decoração não recebeu. E nem vai receber, não tem nada empenhado, nada contabilizado”, disse o prefeito. Depois, já antecipou que não está disposto a quitar: “Entre na Justiça e busque seu caminho”. Segundo ele, não será paga nenhuma conta anterior à atual gestão que não tiver sido empenhada, “não contabilizada”.


Na ocasião, reclamou das dívidas herdadas da gestão anterior. “É caloteiro também, eles não paga conta, não. [Está] cheio de conta que não foi paga. E o tanto de contrato que não tem documentação, que não foi empenhado?”, questionou. Entretanto, o prefeito atual citou apenas um contrato não pago, relativo à UPA da Mulher, e não especificou os demais sem documentos que não foram empenhados, aos quais se referiu na entrevista.

Corrêa assumiu prometendo uma revisão de contratos e uma ampla auditoria na administração municipal. O prefeito revelou que Anápolis enfrenta um endividamento expressivo, com dívidas que ultrapassam R$ 800 milhões e taxas de juros que ele considera inviáveis para o setor público, mas ainda não informações sobre tal revisão.




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