Trump começa a taxar importações da China: como isso pode ser bom para agro brasileiro

G1
Trump começa a taxar importações da China: como isso pode ser bom para agro brasileiro reprodução

A partir deste sábado (1º), os Estados Unidos passarão a cobrar tarifas de 10% sobre importações da China, em mais um capítulo da disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A medida cumpre uma promessa de campanha do presidente Donald Trump, que já havia imposto barreiras tarifárias contra a China durante seu primeiro mandato (2017-2021). Inicialmente, ele havia prometido alíquotas de 60% ou mais sobre produtos chineses e de 10% a 20% para mercadorias de outros países, mas a Casa Branca optou por valores menores.

Além da China, o governo dos EUA também anunciou tarifas de 25% sobre importações do Canadá e México, que entram em vigor na mesma data.

Brasil pode ampliar exportações para a China

A nova política de Trump pode abrir oportunidades para o Brasil no comércio internacional, especialmente nas exportações de soja, milho e carne para a China.

🇧🇷 Soja: Com a aplicação de tarifas sobre os produtos agrícolas dos EUA, a China pode ampliar a compra da soja brasileira, repetindo o cenário de 2018 e 2019, quando as tensões comerciais entre Pequim e Washington impulsionaram as exportações brasileiras do grão. Brasil e EUA são os maiores exportadores globais de soja, e os chineses já demonstram tendência de substituir os fornecedores norte-americanos.

🌽 Milho: O Brasil também pode aumentar suas exportações de milho para a China. Em 2023, o país ultrapassou os EUA e se tornou o maior exportador global do cereal.

🥩 Carnes: O setor de carnes também pode se beneficiar. A China é um dos principais compradores mundiais de carne, e o Brasil já lidera as exportações de frango e carne bovina, enquanto os EUA ocupam o segundo lugar no frango e o primeiro na carne suína. Se o governo chinês decidir retaliar os EUA, o Brasil pode ampliar sua participação nesse mercado.

Brasil pode ser taxado pelos EUA?

Apesar de se beneficiar na relação comercial com a China, o Brasil pode enfrentar desafios com os próprios EUA. Trump já criticou os preços dos produtos brasileiros, mencionando o país ao lado da Índia como um dos que "cobram muito" dos americanos.

No dia de sua posse, em 20 de janeiro, Trump afirmou que "o Brasil precisa dos EUA mais do que os EUA precisam do Brasil". Em resposta, o presidente Lula declarou que, caso os produtos brasileiros sejam taxados, haverá reciprocidade na imposição de tarifas sobre mercadorias americanas.

Os EUA são um dos maiores compradores de produtos brasileiros como café, suco de laranja, carne bovina, soja, produtos da cana-de-açúcar e couro. A consultoria Safras & Mercado destacou que, no momento, os americanos não podem abrir mão do Brasil como fornecedor de carne bovina, já que o rebanho norte-americano enfrenta sua pior situação desde os anos 1950.

Por outro lado, Trump já adotou medidas protecionistas contra o Brasil no passado. Durante seu primeiro governo, ele impôs tarifas sobre o aço brasileiro, ainda que tenha poupado o setor agrícola.

Agora, resta saber se o novo mandato de Trump seguirá a mesma linha ou se ampliará barreiras contra produtos brasileiros.




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