Governo estuda novo plano para baratear cesta básica

Platô
Governo estuda novo plano para baratear cesta básica Reprodução

Após a alta observada em 2024, quando os preços dos alimentos essenciais elevaram a inflação no Brasil, o governo está considerando medidas para mitigar a pressão inflacionária em 2025. Uma proposta que será apresentada ao presidente sugere uma redução de 50% nos juros para financiamentos destinados a médios produtores rurais, no âmbito do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), com foco exclusivo em produtos da cesta básica.


Atualmente, essa proposta está sendo discutida entre os ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, conforme confirmou o ministro Paulo Teixeira. Ele mencionou: “Estamos na fase de discussão com o Ministério da Agricultura”, afirmou. “Assim que formatarmos a medida, levaremos para o presidente Lula avaliar.”


De acordo com avaliações do governo, movimentos previstos para 2025 devem contribuir para o processo de desinflação, especialmente no setor alimentício. Um dos fatores positivos é a queda do dólar, que, após atingir R$ 6,30 em dezembro, recuou para R$ 5,81 no início de março. Essa valorização da moeda brasileira impacta diretamente o preço de diversos produtos importados, como arroz, carne, soja e café.


Além disso, espera-se que as altas de preços vistas em 2024, como a da carne, amenizem em 2025. Depois de uma queda de 9% em 2023, o preço da carne subiu 20,84% em 2024, conforme dados do IBGE. Esse aumento teve um grande impacto na inflação dos alimentos, que atingiu 7,69% no ano. Especialistas alertam que, após dois anos intensos de abates, a oferta de gado começou a diminuir, contribuindo para a elevação de preços, algo que, segundo eles, deve continuar ao longo de 2025.


Outro fator que pode auxiliar na diminuição dos preços é a expectativa de uma safra recorde, além das iniciativas para oferecer crédito agrícola com juros menores para produtos da cesta básica, através de programas como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e, agora, o Pronamp.


Na safra 2024/2025, foram alocados R$ 65 bilhões no Pronamp, um aumento em relação aos R$ 61 bilhões disponibilizados no ano anterior. Esses recursos, destinados a produtores com renda bruta anual de até R$ 3 milhões, poderão ser usados para a compra e reforma de máquinas e equipamentos, além da formação de lavouras.


A redução dos preços alimentares é um dos principais desafios do governo este ano. A expectativa do Palácio do Planalto é que medidas para estimular a produção ajudem a recuar os preços, aliviando, assim, a pressão sobre o Banco Central no controle da inflação. Desde o final do ano passado, o BC tem elevado a taxa de juros para conter a alta de preços.


Na semana passada, o Copom, que define a política de juros no Brasil, anunciou uma elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic, e já é esperada uma nova alta nas reuniões de março. A grande incógnita é como os diretores do BC se comportarão na reunião prevista para maio. Analistas de mercado preveem novas altas a partir desse momento, mas em proporções menores. O governo torce pelo fim deste ciclo.




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