Com 111 cidades sob calor extremo, 2024 foi o ano mais quente da história
111 cidades brasileiras, incluindo algumas capitais, enfrentaram mais de 150 dias de calor extremo
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Um estudo recente apontou que 111 cidades brasileiras, incluindo algumas capitais, enfrentaram mais de 150 dias de calor extremo em 2024, com temperaturas superando os 40°C. Isso significa que mais de 6 milhões de brasileiros experimentaram cinco meses de calor intenso, mesmo que não de forma consecutiva. Em Goiás, a cidade de Itajá, situada no sul do estado, quebrou o recorde de calor ao registrar 103 dias de calor extremo, com máximas de 41 °C. Já na capital, Goiânia, foram contabilizados 77 dias de calor, com temperaturas atingindo os 40 °C.
A análise, realizada com dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) e do satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), abrangeu 5.571 municípios. O estudo revelou que nenhuma cidade do país escapou do calor extremo, com todas registrando pelo menos um dia de temperaturas máximas elevadas. Apenas 100 cidades, incluindo as capitais João Pessoa e Recife, não foram incluídas no levantamento.
O ano de 2024 se tornou o mais quente da história do Brasil desde 1961, superando 2023, que havia registrado a temperatura média mais alta até então. Em 2023, a média das temperaturas foi de 24,92°C, enquanto a média de 2024 alcançou 25,02°C, representando um aumento de 0,79°C em relação à média histórica de 1991 a 2020, que é de 24,23°C.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em janeiro, que analisou dados de 1961 a 2024, evidenciando uma tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos, que está relacionada "à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais", alertou o instituto.