Com preço de ovos nas alturas, americanos começam a criar galinhas em casa

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Com preço de ovos nas alturas, americanos começam a criar galinhas em casa Reprodução

Com o preço nas alturas e os ovos sumindo das prateleiras dos supermercados nos Estados Unidos, muitos americanos encontraram uma solução caseira para tentar driblar a crise: estão comprando galinhas com o objetivo de produzir os seus próprios ovos, informa o The Daily. O jornal cita o caso da Wabash, uma loja de animais de fazenda em Houston, que em quatro dias vendeu 100 galinhas, número que normalmente alcança em três semanas.

John Berry, gerente da Wabash, que também vende rações para as aves, notou, nas últimas semanas, um aumento significativo na demanda por galinhas devido ao aumento do preço dos ovos ou simplesmente porque o produto sumiu dos supermercados.

— As pessoas querem comprá-las...Nossas vendas de aves dobraram ou até triplicaram— disse Berry ao The Daily, acrescentando que a maioria de seus novos clientes está apenas começando na criação de aves.

Em várias cidades do Texas, é permitido criar aves de quintal, desde que sejam seguidas normas sanitárias.

Com a gripe aviária matando milhões de galinhas nos EUA, os preços dos ovos subiram mais de 15% em janeiro na comparação com o mês anterior — o maior avanço desde 2015 — e 55% em relação ao ano anterior, de acordo com um relatório do US Bureau of Labor Statistics.

Mais de 21 milhões de galinhas poedeiras foram sacrificadas este ano devido à doença, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos citados pelo jornal americano. Em dezembro, 13,2 milhões tiveram o mesmo destino. Isso fez com que os preços dos ovos disparassem e o produto desaparecesse de algumas prateleiras de supermercados, preocupando os consumidores. O salto dos preços ajudou a puxar a inflação americana para o maior patamar desde agosto de 2023.

Diretrizes de segurança
Nos Estados Unidos, o vírus da gripe aviária tem sido encontrado não apenas em aves de criação, mas também em vacas leiteiras, segundo o The Daily. Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) apontam que, do início do ano passado até segunda-feira, dia 11, haviam sido detectados 68 casos em humanos, um deles fatal.

A maioria dos casos está relacionada a contatos diretos com animais infectados. O homem que faleceu contraiu a doença "após a exposição a uma combinação de aves silvestres e um bando de aves não comerciais", informaram as autoridades de saúde.

O CDC informou ao The Daily que o risco da gripe aviária para o público em geral continua sendo "baixo", mas publicou diretrizes de segurança para os proprietários de aves. O órgão alertou ainda que "pessoas com exposições ocupacionais ou recreativas a aves ou outros animais infectados por esse vírus têm um risco maior de infecção".




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