Na última sessão da Câmara dos Vereadores de Goiás, o vereador Rimet (PT), fez um discurso contundente em resposta a comentários do vereador Jackson Charles (PSB). Rimet expressou sua preocupação com a tática utilizada na campanha pelo prefeito Márcio Corrêa (PL), que, segundo ele, marginaliza e exclui vozes divergentes.

 "Quando eu me refiro à questão de lado certo, usado na campanha pelo prefeito, foi porque justamente isso é uma tática para poder marginalizar, excluir o lado do outro."

O vereador destacou que essa estratégia não apenas deslegitima sua posição, que defendia outro candidato do PT, mas também a do vereador Jackson, que apoiou a candidata Eerizânia. Ele enfatizou a importância de reconhecer que o lado defendido por cada um não deve ser considerado o "lado errado".

Rimet reafirmou seu compromisso com o partido e com a fidelidade política, afirmando:

"Eu não escondo o partido que eu fui eleito. Aliás, nós estamos no parlamento e a própria legislação eleitoral nos obriga a ter fidelidade ao partido."

Além disso, o vereador ainda quis deixar claro que sua atuação será voltada para o interesse da comunidade e para a fiscalização das ações do poder público:

"Meu lado é o lado do povo. Eu não tenho o lado do poder. Eu não tenho o lado da conveniência política."

É importante destacar que o PT e o PL têm sido grandes oponentes no cenário político. Isso se evidencia tanto em nível nacional quanto em disputas locais, como a recente eleição para a prefeitura de Anápolis, onde houve uma acirrada competição entre o atual prefeito, Correa, e o deputado estadual Antônio Gomide. Essa polarização, especialmente em ambientes como a Câmara Municipal e a prefeitura, pode ser prejudicial para a população. O diálogo entre essas frentes políticas é necessário para o bem da comunidade, já que, independentemente do viés, o interesse do cidadão comum e o avanço da cidade devem ser o foco.

O discurso de Rimet gerou repercussão entre os colegas vereadores, destacando a importância do diálogo e do respeito às diferentes opiniões e dentro da Câmara,  ainda mais relevante diante da acentuada polarização que tem dominado a política brasileira nos últimos anos, onde muitas vezes os conflitos ideológicos impedem a construção de soluções efetivas para os problemas do país