Após queda brusca na popularidade, Lula diz que nunca levou pesquisas 'definitivamente a sério'

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Após queda brusca na popularidade, Lula diz que nunca levou pesquisas 'definitivamente a sério' Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que nunca levou "a sério" pesquisas em qualquer momento, após o Datafolha apontar uma avaliação negativa recorde no seu governo.

— Quero dizer uma coisa para vocês, quem me conhece sabe que nunca levei definitivamente a sério qualquer pesquisa feita em qualquer momento. Uma pesquisa serve pra você estudar, saber se tem que mudar de ação ou comportamento. Quero entregar o país da forma como prometi na campanha eleitoral.

Lula tem hoje a pior avaliação positiva em todas as suas gestões. A avaliação positiva do governo caiu de 35% para 24%, nos últimos dois meses, segundo o Datafolha. A avaliação negativa do governo (ruim ou péssima) também é recorde e subiu, no período, de 34% para 41%.

O tombo revelou um cenário mais adverso para o Executivo no xadrez das eleições de 2026. Como mostrou o GLOBO, auxiliares do presidente reconhecem que os números do Datafolha divulgados na última semana tornam mais difícil para Lula amarrar desde já apoios de partidos para a eleição do ano que vem.

Ministros e líderes da base colocam em dúvida uma candidatura do presidente caso a popularidade do governo permaneça baixa. Se o risco de fracasso for grande, dizem, seria mais conveniente para o presidente, de 79 anos, não concorrer e evitar assim a possibilidade de encerrar a carreira política com uma derrota.

Apesar disso, auxiliares do petista dizem que ele ainda é o favorito na disputa. Mesmo com queda na popularidade, pesquisa Genial/Quaest do início do mês mostra que Lula lidera em intenções de voto em todos os cenários testados e vence seus rivais nas simulações de segundo turno.

A queda na popularidade veio após uma alta de preços dos alimentos e a crise gerada com uma portaria da Receita Federal sobre o Pix e outras formas de transferência de recursos. Integrantes do governo apostam na reversão do quadro inflacionário, devido a uma safra recorde, e também no poder da máquina pública. O Planalto pretende avançar ainda em propostas como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.




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