O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) começou a investigar supostas práticas anticompetitivas da Apple, poucas semanas após a Meta — dona de Facebook, Instagram e WhatsApp — entrar com representação no órgão contra a fabricante do iPhone.

Após analisar as queixas da Meta, o Cade entendeu haver elementos suficientes para abrir um “procedimento preparatório de inquérito administrativo” — ou seja, a primeira etapa de uma investigação no órgão antitruste.

A Meta reclamou da política de Transparência de Rastreamento de Apps (ATT) da App Store, a loja de aplicativos da Apple. Implementada em 2021, ela exige que apps de terceiros peçam permissão aos usuários para rastrear suas atividades on-line. Mas a regra não vale para aplicativos da própria Apple.

Para a Meta — que vive de vender bilhões em anúncios a partir de dados sobre o comportamento dos internautas —, a política da Apple prejudicaria o negócio de concorrentes e favoreceria a estratégia da fabricante do iPhone.

Ao abrir o procedimento preparatório, o Cade mandou que a Apple prestar esclarecimentos sobre as denúncias até a próxima segunda-feira (24).