Silvinei pede mais prazo para responder PGR, e general detido quer computador na prisão para ler denúncia de golpe
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O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ampliação do prazo para responder à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Em paralelo, o general da reserva Mario Fernandes, também denunciado, pediu para que seu advogado seja autorizado a visitá-lo com um computador no batalhão militar onde está detido, para facilitar a leitura da acusação.
Na terça-feira, a PGR denunciou pessoas, incluindo Silvinei, Fernandes e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por uma trama golpista que teria ocorrido em 2022. No dia seguinte, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, abriu um prazo de 15 dias para os acusados apresentarem resposta à denúncia.
A defesa de Silvinei Vasques, contudo, alegou que ele não era investigado no processo que motivou a denúncia, e pediu que o prazo só passe a contar quando houver "acesso amplo e irrestrito aos autos". A PGR utilizou na denúncia o resultado de outra investigação da Polícia Federal (PF), sobre o bloqueio de estradas ocorrido no segundo turno das eleições de 2022. O ex-diretor-geral da PRF já tinha sido indiciado nesse caso.
Já o general Mario Fernandes está preso preventivamente desde novembro, devido à investigação sobre a suposta tentativa de golpe. Por ser militar da reserva, tem direito a ficar em uma unidade militar. Seu advogado, contudo, não pode levar equipamentos eletrônicos ao local. Por isso, pediu a Moraes autorização para entrar com computador, alegando que apenas um dos volumes do caso tem mais de 10 mil folhas.