Veja por que Pablo Marçal foi declarado inelegível

O GLOBO
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A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o empresário Pablo Marçal (PRTB) a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder político e econômico, uso indevido dos meios de comunicação social e captação ilícita de recursos. A decisão foi proferida pelo juiz Antonio Zorz, que considerou que Marçal tentou fraudar o sistema representativo e comprometeu a integridade do processo eleitoral ao distorcer informações sobre os gastos de seus adversários. Ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

A condenação decorre de ações movidas pelo PSOL, partido de Guilherme Boulos, e pelo PSB, de Tabata Amaral. Os partidos contestaram um vídeo publicado por Marçal em 29 de setembro, no qual ele teria oferecido apoio político a candidatos a vereador que não fossem de esquerda em troca de doações via Pix de R$ 5 mil para sua campanha.

No vídeo, Marçal afirmou estar disputando uma eleição "desleal", alegando que não utilizava dinheiro público enquanto seus adversários gastavam valores elevados em propaganda. O juiz, no entanto, entendeu que o empresário manipulou a percepção do financiamento eleitoral público, se colocando como vítima do sistema.

Segundo a sentença, ficou comprovado que Marçal usou um formulário para direcionar doações a sua campanha, simulando uma arrecadação lícita quando, na verdade, realizava a venda de apoio político. O magistrado destacou que essa prática configura fraude e abuso de poder econômico, pois afeta o equilíbrio do pleito.

A candidata a vice-prefeita na chapa de Marçal, Antônia de Jesus (PRTB), foi absolvida, pois não há indícios de sua participação no vídeo. A defesa do empresário argumentou que apenas seis doações foram recebidas por meio da iniciativa e que todas foram posteriormente estornadas, negando qualquer irregularidade capaz de influenciar o resultado da eleição.

O presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, expressou confiança no TRE-SP e afirmou acreditar que a decisão será reformada, classificando a condenação como "desproporcional". Marçal, que recebeu 1.719.274 votos na eleição municipal, já enfrentou outras condenações por ataques a adversários. Ele tem se articulado para uma possível candidatura à presidência em 2026 e, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada em janeiro, conta com 11% de intenção de voto em um eventual primeiro turno.




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