Capital se consolida como referência no mercado imobiliário

Estadão
Capital se consolida como referência no mercado imobiliário reprodução

Um levantamento recente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revelou as cidades com maior demanda por imóveis no Brasil, destacando mercados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul como os mais promissores para construtores e investidores imobiliários.

No segmento de alto padrão, São Paulo lidera o ranking, seguida por Goiânia e Florianópolis. No mercado de médio padrão, Goiânia ocupa a primeira posição, seguida por São Paulo e Florianópolis. Já no segmento econômico, Curitiba lidera, com Fortaleza e São Paulo na sequência.

O Índice de Demanda Imobiliária (IDI-Brasil), desenvolvido pela CBIC em parceria com o Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, considerou fatores como procura por imóveis, dinamismo econômico e grau de saturação do mercado em 61 municípios. Segundo especialistas, o setor de alto padrão é menos impactado pelas oscilações da taxa de juros, pois seus compradores dependem menos de financiamento. Já o mercado econômico se beneficia de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, enquanto o segmento de médio padrão é mais suscetível às variações da Selic, influenciando a decisão de compra.


De acordo com Renato de Sousa Correia, presidente da CBIC, Goiânia tem se destacado no alto padrão devido à sua expansão econômica. São Paulo, tradicionalmente, é um polo desse segmento, enquanto Florianópolis atrai compradores por sua alta renda per capita. O estudo não diferencia compradores que adquirem imóveis para moradia daqueles que investem para locação, mas estima-se que investidores representem cerca de 20% das compras.

No setor de alto padrão em São Paulo, diversas construtoras de renome, como Cyrela, Eztec, Lavvi, Even e Mitre, investem em empreendimentos de luxo. A Cyrela, por exemplo, tem lançado projetos sofisticados como o Vista Cyrela by Armani/Casa e o Eden Park by Dror, com valores que chegam a milhões de reais. O Heritage, lançado em 2017, exemplifica a valorização do setor: de R$ 28 mil por metro quadrado no lançamento, seu valor atual atinge até R$ 95 mil por metro quadrado.

Em Goiânia, o mercado imobiliário cresceu expressivamente nos últimos anos. Segundo o índice FipeZap, o preço médio do metro quadrado passou de R$ 4.303 no início de 2020 para R$ 7.929 no fim de 2024. A cidade se beneficiou de uma revisão no plano diretor em 2007, favorecendo o adensamento urbano e atraindo investidores, especialmente do agronegócio. As construtoras locais dominam o mercado, oferecendo empreendimentos de alto padrão com unidades entre 200 m² e 400 m², vendidas por valores entre R$ 3 milhões e R$ 6 milhões. Projetos inovadores, como o Ryad, inspirado na arquitetura marroquina, e o Bauhaus, de design exclusivo, impulsionam ainda mais a valorização do setor.

Em Florianópolis, a valorização imobiliária é influenciada pelos altos preços em Balneário Camboriú, que tem o metro quadrado residencial mais caro do país. A cidade atrai tanto moradores locais quanto investidores nacionais e estrangeiros, incluindo argentinos e europeus. Empresas como a ARV têm apostado em projetos de alto padrão, como o Privilége Cacupé, com unidades de três suítes vendidas por R$ 2 milhões. Além disso, os apartamentos podem se valorizar até 40% entre lançamento e entrega.

O mercado imobiliário de luxo continua a crescer nessas regiões, impulsionado por características específicas de cada cidade e pelo interesse de compradores que buscam tanto moradia quanto investimentos rentáveis.




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