Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

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Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso Reprodução

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, fez um comentário nesta segunda-feira sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de articular um golpe para se manter no poder. Segundo o ministro, a investigação aponta uma "aparente articulação para um golpe de Estado", que ainda precisa ser confirmada "à luz das provas".

— E ainda a investigação, com recente denúncia do Procuradoria-Geral da República, de aparente articulação para um golpe de Estado, o que ainda precisa ser julgado à luz das provas que forem apresentadas — disse Barroso durante o seminário de "Defesa da democracia e dos direitos fundamentais" na Escola Superior do Ministério Público, em Brasília, fazendo a ressalva de que não estava manifestando opiniões. — Estou relatando fatos, não estou emitindo nenhuma opinião.

De acordo com o Barroso, o mundo hoje está "assistindo a uma onda de populismo autoritário anti-institucional e anti-pluralista que oferece sérios riscos à democracia." Ele citou como exemplos desse movimento "líderes carismáticos" da direita à esquerda na Hungria, Venezuela ,Bolívia, que "manipulam os desejos e medo das pessoas".

Uma prática comum entre esses "populistas autoritários", segundo Barroso, seria a divisão da sociedade entre "nós e eles" - ("nós, as pessoas puras, descentes e conservadoras e eles, as elites cosmopolitas, liberais e corrompidas"); a estratégia de "comunicação direta" por meio das redes sociais; e o ataques às Supremas Cortes e às instituições que, conforme Barroso, tem como "papel limitar o poder político majoritário".

Em outra declaração que ecoou as conclusões da PGR, Barroso destacou o papel das Forças Armadas para barrar a trama golpista no Brasil - o que não aconteceu em outros países.

— Os tribunais por si só não são capazes de resistir ao avanço autoritário. No Brasil, no momento decisivo, as Forças Armadas também não embarcaram na aventura do golpe — disse o ministro.

Reunião com advogado de Bolsonaro
Na tarde desta segunda-feira, o presidente do STF tem uma agenda marcada com o advogado criminalista Celso Vilardi, que defendeJair Bolsonaro no inquérito sobre o plano golpista. A informação consta da agenda oficial do ministro divulgada hoje.




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