Proposta que reduz carga horária de trabalho será protocolada nesta terça-feira A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou estar otimista quanto aos próximos passos que envolvem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para acabar com a escala de trabalho 6x1, que será protocolada nesta segunda-feira (25) às 16h.

A proposta busca avanços em pautas trabalhistas e contará com atos em diversas partes do país para marcar sua apresentação.
— Nossa expectativa é boa, haverá atos por todo o país. Teremos uma coletiva de imprensa na Câmara e eu devo pedir uma reunião com o presidente Hugo Motta, entregar o abaixo-assinado organizado pelo movimento VAT, que já tem quase 3 milhões de assinaturas — disse Hilton ao GLOBO.

A deputada ressaltou que continuará recolhendo assinaturas para fortalecer a proposta e aumentar as chances de aprovação no plenário. Ela destacou que mesmo com um número considerável, ainda não há o suficiente para a aprovação para aprovação no plenário.

— Então, quanto mais assinaturas tivermos, melhor. A expectativa é boa de que esse debate continue, de que a gente consiga avançar, consiga instalar a comissão especial e que este ano de 2025 possa ser um ano de pautar essa agenda trabalhista que é de interesse nacional — destacou Hilton ao falar sobre a importância de manter o debate ativo para garantir avanços na tramitação da PEC.

A deputada também prepara um "panfletaço" em alguns locais: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, São Luís, Rio Grande do Sul, Florianópolis, Manaus, Cariacia, Belo Horizonte, Fortaleza e Cuiabá. Além disso, a assessoria também informou que amanhã será anunciado um calendário de mobilização nacional em defesa do fim da escala 6x1.

O que a proposta quer mudar?
A proposta prevê o fim deste modelo de trabalho, em que o funcionário trabalha 6 vezes na semana. A PEC reduz a carga horária máxima de trabalho semanal das atuais 44 horas para 36 horas.

O texto propõe não apenas acabar com a escala 6x1, como também adotar a “jornada de trabalho de 4 dias na semana”, ou seja, uma jornada de trabalho 4x3, com 4 dias de trabalho e três de descanso.

Apesar de defender o modelo de apenas 4 dias de trabalho, a deputada Erika Hilton admite que essa proposta foi feita para negociar um meio-termo, como a escala 5x2.