Creche onde menino morreu por ser esquecido não tinha autorização do Conselho de Educação, diz polícia


Creche onde menino morreu por ser esquecido não tinha autorização do Conselho de Educação, diz polícia Reprodução

A creche onde o pequeno Salomão Rodrigues, de apenas 2 anos, faleceu após ser esquecido em um veículo em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia, não possuía a regularização junto ao Conselho Estadual de Educação, conforme informações da Polícia Civil de Goiás. Durante uma coletiva de imprensa, o delegado André Fernandes, que está à frente do caso, afirmou que o berçário não cumpria as normas relativas a chamadas e registros de classe.

"O berçário não obedecia às normas de chamadas e de diário de classe, que é todo o registro que é feito na questão educacional que são livros obrigatórios, esses livros também não tinham uma regularidade a investigação não conseguiu obter a regularidade desses livros", disse.

Segundo o delegado, na parte municipal o berçário estava com a documentação legítima, porém na parte estadual não.

"O berçário na parte municipal estava com a documentação legítima, só que na parte estadual havia ausência de certos credenciamentos importantes para o exercício da atividade", disse.

De acordo com a polícia, foi concluído que Flaviane Lima Souza, de 36 anos, proprietária da creche, não teve a intenção de matar o menino, tendo uma série de circunstâncias contribuído para que ela esquecesse da criança.

De acordo com a polícia, foi determinado que a proprietária da creche, Flaviane Lima Souza, de 36 anos, não teve a intenção de causar a morte da criança, e que diversos fatores contribuíram para que ela se esquecesse do menino.

"Ela tinha consciência que devia zelar pela criança, mas ela não tinha o conhecimento que a criança estava no interior do veículo, passando uma dificuldade e que iria falecer em decorrência disso. Ela não tinha conhecimento dessa causalidade. Então a gente fez um estudo profundo sobre essa situação e concluímos em permanecer a tipificação no homicídio culposo", afirmou o investigador.


O ocorrido  

Em 18 de fevereiro de 2025, Flaviane, responsável por levar e buscar o menino de casa para o berçário, esqueceu Salomão dentro do carro. Em seu depoimento à polícia, ela declarou que só percebeu o esquecimento ao sair do berçário e se dirigir para casa.

"Fiz minha rotina, em torno de 4h, eu falei para uma das tias que eu iria embora, pois eu estava com muita dor de cabeça. Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho. Ele estava na cadeirinha e com o balanço do carro, quando eu abri, ele pendeu o corpinho para a frente, foi quando eu vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei para dentro [da creche] e a gente ligou para os bombeiros", afirmou a mulher.

Depois que a morte de Salomão foi confirmada, Flaviane tentou deixar a cidade, conforme informações da polícia. Ela foi encontrada e detida em Itaberaí, acompanhada de seu marido. Em depoimento à polícia, ela alegou que temia represálias e não sabia como lidar com a situação trágica.

"Estamos desolados, em resumo, pois era tudo que tínhamos. No fundo eu sei o quanto ela [Flaviane] também está sofrendo, não tanto quanto nós, mas sei que ela está sofrendo", afirmou Vilmar Faustino.

Em uma postagem nas redes sociais, a mãe de Salomão expressou sua tristeza pela perda precoce do filho, mencionando que ele levou consigo toda a sua felicidade.

"Meu filho amado meu eterno Mamão! Salomão você ficou tão pouco tempo com a mamãe, você levou todo meu coração e minha alegria, como eu viverei sem você? Do que me adianta viver agora e não ter a sua alegria, do que me adianta viver e não poder escutar mais sua voz e sua doçura, filho não demora buscar a mamãe não", escreveu Giselle Rodrigues.

A avó de Salomão comentou que o menino era o único filho de Giselle e Vilmar, tendo vindo ao mundo após três abortos espontâneos que a mãe teve. "No último [aborto] ia fazer três meses de gestação. Com o passar do tempo ela engravidou e teve nosso amado Salomão. Ele era o milagre. O desejo do coração da minha filha. Meu tão esperado netinho. Tão esperado sobrinho. Tão esperado bisneto, nossa alegria", contou Valéria Rodrigues.







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