O município de Anápolis enfrenta um cenário preocupante após o fim da gestão do ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos). As dívidas deixadas por sua administração estavam sendo contabilizadas desde janeiro pela atual gestão, após denúncias do atual prefeito Márcio Corrêa (PL). De acordo com informações recentes, divulgadas pelo próprio prefeito em sessão de prestação de contas da Câmara Legislativa de Anápolis, a dívida total pode ultrapassar R$ 1,3 bilhão. Esse montante é composto por dívidas de empréstimos remanescentes, cuja dívida principal proveniente de contratos com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil inclui juros acumulados e saldos atualizados, com prazos de amortização que variam de 8 a 20 anos.

A equipe de Corrêa acusa Naves e sua gestão de praticar a popularmente conhecida “pedalada fiscal”, uma estratégia que permitiu que as contas públicas fossem apresentadas como equilibradas, ignorando dívidas adquiridas sem a devida autorização. Essa manobra tem gerado preocupação, pois as dívidas que não estavam registradas oficialmente agora estão sendo descobertas através de auditorias realizadas pela equipe de Corrêa. 

A equipe do atual prefeito afirma estar enfrentando desafios significativos ao lidar com essas dívidas ocultas, alertando que a cidade pode entrar em crise financeira. Até o momento, Naves não foi autuado a respeito das acusações.