A China decidiu suspender temporariamente a importação de carne bovina de três frigoríficos brasileiros, conforme confirmou a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). A restrição entrou em vigor nesta segunda-feira, 3 de março.

As unidades afetadas incluem uma da JBS localizada em Mozarlândia (Goiás), uma da Frisa em Nanuque (Minas Gerais) e outra da Bon Mart em Presidente Prudente (São Paulo).

Além disso, Brasil e China estão lançando um projeto de rastreabilidade para a carne bovina. No cenário econômico, as carnes brasileiras já enfrentam uma tarifa de 26% nos Estados Unidos. Para 2025, os produtores de carne bovina estão focados em aumentar suas exportações. Em 2024, a produção de carnes atingiu um recorde, o que pode impactar os preços no próximo ano.

Em comunicado, a Abiec informou que a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) conduziu auditorias remotas em três frigoríficos brasileiros, além de dois da Argentina, um do Uruguai e um da Mongólia, este último referente a carnes bovina e ovina. “Em todos os casos, foram identificadas não conformidades em relação aos requisitos chineses para o registro de estabelecimentos estrangeiros”, diz o comunicado.

Diante disso, a nota acrescenta que o GACC decidiu suspender temporariamente as importações desses estabelecimentos a partir de 3 de março. A Abiec informou que as empresas afetadas já foram notificadas e estão tomando medidas corretivas para cumprir as exigências das autoridades chinesas. Porém, não foram detalhadas quais “não conformidades” foram identificadas.

As exportações seguem

A Abiec ressaltou que, em colaboração com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), está em contato com as autoridades chinesas para “assegurar a rápida resolução da situação”.

“Importante destacar que os demais estabelecimentos habilitados seguem operando normalmente, assegurando o fluxo das exportações de carne bovina brasileira ao mercado chinês”, afirmou a entidade.